sexta-feira, 28 de junho de 2013

FIESC aponta cabotagem como solução para custos

Federação das Indústrias de Santa Catarina se baseia em estudo com empresas do estado


A cabotagem, que é a navegação feita entre portos brasileiros, é cotada como um modal que pode mudar a distribuição da matriz de transporte do Brasil, contribuindo para a redução do número de caminhões nas estradas e para a diminuição dos custos das empresas. Essa é a constatação de um estudo realizado pela Federação das Indústrias (FIESC) com 76 empresas de médio e grande portes de 19 setores industriais de Santa Catarina. O levantamento faz parte da primeira etapa do Plano de Mobilidade que a entidade lançou nesta quarta-feira (26), durante seminário, em Florianópolis.

O presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, explica que nesta etapa foi selecionado o litoral pelo fato de ser uma região que concentra os maiores gargalos de mobilidade. São 4 milhões de habitantes; 1,3 milhão de trabalhadores e 126 mil estabelecimentos. Nos próximos anos, a previsão é de aumento da população; da movimentação de cargas e de passageiros; da corrente de comércio internacional e do consumo interno, além do crescimento das atividades da indústria, setor de serviços; turismo e de petróleo e gás. Essa perspectiva de crescimento vai sobrecarregar ainda mais a mobilidade no eixo litorâneo.

Nas próximas etapas do Plano, as demais regiões do Estado serão contempladas. "Por meio do plano, a Federação vai discutir com a sociedade organizada as condições atuais e as ações necessárias para ter mobilidade adequada ao desempenho da economia catarinense", afirma Aguiar. "Vamos estudar todos os modais possíveis de transporte de passageiros e de cargas para identificar gargalos e solução para a mobilidade. O objetivo é construirmos um planejamento da mobilidade de Santa Catarina", completa.

Quando perguntadas sobre os critérios utilizados na escolha da cabotagem, 70,3% das empresas responderam que a opção se deve à economia nos valores dos fretes em relação a outros modais, enquanto 10,8% destacaram que esse meio de transporte reduz avarias e risco de roubo de carga. Em relação às situações em que a cabotagem é competitiva, 50,7% do grupo pesquisado afirmou que sabe exatamente quando e por que este meio de transporte é mais adequado; 42% disseram que sabem em parte, mas querem conhecer mais detalhes; e 7,2% não sabem quando esse modal é mais adequado.

Um navio tem capacidade de transportar quatro mil contêineres. Isso significa quatro mil caminhões a menos nas rodovias. "O custo do transporte por cabotagem é, em média, 15% mais barato que o realizado pelo modal rodoviário. Esse percentual é aplicado para distâncias acima de 1,5 mil quilômetros. Em percursos maiores, o custo do frete pode ser até 40% menor do que transportar produtos por caminhão", diz Aguiar. Além disso, a cada tonelada transportada por quilômetro, via cabotagem, são emitidos apenas 25% dos gases do efeito estufa que seriam emitidos fazendo esse transporte por modal rodoviário.

Apesar dos benefícios desse meio de transporte, 55,3% do grupo pesquisado disse que não utiliza a cabotagem; 23,7% usam; 17,1% utilizam pouco; e 3,9% usam com frequência. A razão pela qual mais da metade das empresas ouvidas não opta pela cabotagem é que o modal não atende os mercados de destino dos produtos; em segundo lugar aparece a burocracia para utilizar; na sequência, as companhias destacam que o tempo de trânsito não atende às necessidades; e, por último, 12,5% delas não conhecem o suficiente para utilizar o modal. "Temos cinco terminais prontos, que podem ser adequados para oferecer mais linhas para atender a demanda da indústria. Mas, para isso, temos desafios estruturais e regulatórios que precisam ser vencidos", ressalta o presidente da Câmara.

Rodovias saturadas: a urgência em se encontrar uma alternativa às rodovias se explica pelos números. O movimento do trecho norte da BR-101 varia de 8 a 80 mil (na alta temporada) veículos por dia. Essa rodovia, considerada a artéria principal da zona litorânea, tem impactos diretos e indiretos em outras BRs que também recebem grande fluxo de veículos, como a 280; 282; 470; 116 e 285. Estudo da Fipe mostra que em 2010 foram movimentadas 75,7 milhões de toneladas. Para 2020 estima-se 110 milhões de toneladas.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Complexidade da Lei dos Portos traz dúvidas a investidores

A complexidade que envolverá a regulamentação de diversos pontos da nova Lei dos Portos causa incertezas nos investidores, que aguardam, por exemplo, os critérios para a definição das tarifas cobradas dos clientes, afirmaram especialistas jurídicos nesta quarta-feira.

As dúvidas, no entanto, devem começar a ser dissipadas em poucos meses, com a divulgação do primeiro edital de licitação de terminais.

O marco regulatório proposto pelo governo passou por intensas discussões no Congresso e entrou em vigor no início deste mês, após vetos da presidente Dilma Rousseff a diversos artigos.

Enquanto a nova lei dá diretrizes para a concessão de terminais e a instalação de novos empreendimentos, diversos detalhes –essenciais para a tomada de decisão por parte dos empresários e investidores do setor– ainda precisam ser regulamentados por decreto presidencial ou definidos nos editais de licitação.

Um dos maiores desafios será mensurar quais empresas vão cobrar os preços mais baixos de seus clientes, uma vez que o governo definiu que vencerá as licitações de terminais quem oferecer melhor eficiência –menor tarifa e maior movimentação de carga.

“Há desafios enormes para você criar parâmetros objetivos para conseguir comparar diversas propostas de movimentação e preço. As cargas podem ser muito diferentes, os navios podem ser muito diferentes, e as características físicas e os níveis de investimento em terminais podem ser muito diferentes”, disse o advogado Roberto Lima Neto, do escritório Souza, Cescon Barrieu & Flesch, que assessora fusões e aquisições e novos investimentos no setor portuário, entre outros.

Segundo ele, será um grande desafio técnico estabelecer esses critérios nos editais.
“É possível comparar quando se está falando da mesma carga e do mesmo navio. Tirando essa opção, que é utópica, não é possível”, disse Lima, durante um seminário jurídico sobre a nova Lei dos Portos, nesta quarta-feira, em São Paulo.

Para o advogado Mauro Penteado, do escritório Machado Meyer, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), responsável pelos editais, terá um grande desafio em relação às tarifas.

Correios renovam frota com a aquisição de quase 4 mil veículos

Motos, furgões e caminhões começam à chegar às unidades nesta semana


Os Correios realizaram a compra de 3.965 mil novos veículos para renovação e ampliação da frota, totalizando um investimento de R$ 200 milhões. São 734 motocicletas trail, 3.065 furgões e 166 caminhões que começam a ser entregues às unidades dos Correios em todo o País ainda esta semana.

A fim de aprimorar a produtividade e a qualidade das entregas realizadas pela empresa, os furgões são equipados com ar-condicionado, vidros e travas elétricas, direção assistida, porta lateral e revestimento interno. Os caminhões adquiridos vêm no padrão Euro 5, que reduz o nível de emissão de gases poluentes na atmosfera. Já as motos trail, próprias para terrenos acidentados, serão utilizadas nas localidades de difícil acesso.

Para prestar um serviço cada vez melhor, os Correios vêm investindo em modernização, infraestrutura e pessoal. Nos últimos dois anos e meio foram R$ 700 milhões na construção e reforma de 1,5 mil unidades; aquisição de 16 mil veículos, compra de 13 mil computadores e de equipamentos para a área operacional. Também foram contratados 15 mil novos empregados - outros 6,6 mil estão sendo admitidos este ano.

Clientes TNT agora podem rastrear carga via smartphone


Adaptação do TNT Radar roda em celulares com iOS, Android e Windows Phone


A TNT acaba de lançar uma versão mobile do aplicativo que rastreia as cargas rodoviárias domésticas da empresa. Trata-se de uma adaptação do TNT Radar para a plataforma celular. O serviço está disponível gratuitamente para smartphones que utilizam sistema operacional Android, iOS e Windows Phone através da AppStore (iOS), Google Play (Android) ou Marketplace (Windows Phone).

O aplicativo permite aos usuários monitorarem o andamento de suas cargas, a qualquer momento, via celular, sem precisar acessar um computador.  O sistema ainda identifica a  localização da carga, movimentações, status e dia do pedido. A informação é repassada ao cliente com a máxima segurança e em tempo real. Apesar do aplicativo ser público, a segurança das informações está garantida. Para realizar a consulta é necessário que o cliente tenha em mãos o CNPJ ou o CPF do remetente ou do destinatário e o número da nota fiscal. Além disso, os dados apresentados pelo aplicativo não comprometem a segurança da mercadoria pois são os mesmos já disponíveis no Website. Informações como a quantidade de volume a ser transportado e a descrição do produto não são fornecidas.

“A TNT pretende evoluir de acordo com o mercado, por isso buscamos disponibilizar as mais avançadas tecnologias para nossos clientes”, completa Fabiano Fração, diretor de operações e tecnologia da TNT Brasil.

Belmetal e Metalo lançam caixa para transporte de carga rastreável e segura

Inédita, solução traz mais segurança para o transporte de cargas no País



O prejuízo com as mercadorias roubadas nas rodovias brasileiras chega a quase R$ 1 bilhão por ano, segundo estimativas do SETCESP - Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e região. Além disso, 9% do valor do serviço de frete está diretamente ligado aos gastos com segurança e gerenciamento de risco, que somam anualmente cerca de R$ 16 bilhões.

A Belmetal, uma das maiores distribuidoras  e desenvolvedoras de produtos e sistemas de esquadrias e fachadas em alumínio do país, em parceria com a Metalo, empresa especializada em soluções de Engenharia, atenta a necessidade do segmento na busca por mais segurança nos transportes, apresenta a caixa para transportes de carga Tainerlog.

O lançamento traz como principal diferencial o seu completo e inteligente sistema de segurança, que inclui chave de segurança codificada e serviço de rastreamento por satélite, onde o cliente é avisado automaticamente em tempo real por SMS ou e-mail caso tenha algum desvio de rota em relação ao programado. Outra grande vantagem da Tainerlog é que ela é totalmente produzida em alumínio, característica que a torna mais leve, sustentável e, além disso, dificulta a visualização do conteúdo da carga na eventualidade de um roubo ou furto.

A caixa representa uma evolução no segmento de transportes, já que não existe nada similar no mercado nacional. Ela foi concebida pensando também na logística reversa de transportes existentes. Ao desmontá-la, ela permanece com a mesma estrutura, diminuindo apenas o seu volume em um terço, promovendo maior aproveitamento no retorno do transporte e permitindo acomodação de outras cargas. “A caixa, quando desmontada, diminui o seu volume em três vezes, e dessa forma, se foram três caminhões para entrega, na volta, será preciso apenas um para comportar o mesmo volume de caixas, representando uma economia real para o cliente”, afirma o engenheiro Nelson de Oliveira, diretor da Metalo. Ele também complementa que o transporte através da caixa Tainerlog pode representar em prêmio de seguro menor, uma vez que representa mais um item de segurança no transporte.

Na visão da Belmetal, a iniciativa da Metalo aponta a importância do mercado em identificar necessidades e desenvolver inovações em alumínio, devido a suas características de maleabilidade, leveza, reciclabilidade, resistência, entre outros atributos de valor. “O alumínio é uma matéria-prima abundante que permite inúmeras utilizações. Iniciativas como a da Metalo são fundamentais na busca de novas soluções com o material”, afirma Helio Silva, gerente de vendas para o segmento de indústria da Belmetal. 

A Tainerlog pesa apenas 24 kg, possui dimensões de 1 m x 0,8 m x 0,65 m e é ideal para o transporte terrestre ou aéreo de documentos, smartphones, eletrônicos, medicamentos, alimentos, entre outros, podendo suportar até 150 kg. O lançamento também conta com um carrinho com alça flexível que facilita seu manuseio pelos operadores logísticos.

O produto já está disponível para o mercado de logística e transporte, podendo ser alugado ou comprado, de acordo com a necessidade do cliente. 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Transportadoras têm até 1º de agosto para começar a usar o CT-e

Os contribuintes não optantes pelo regime Simples Nacional, que prestam serviços de transporte de cargas rodoviário, terão de aderir, a partir de 1º de agosto, ao Conhecimento do Transporte eletrônico (CT-e), ou seja, a documentação apenas em formato eletrônico – o que requer o uso de certificado digital, como esclarece a Boa Vista Serviços. Esta adequação faz parte do projeto de implantação de um modelo nacional de documentos fiscais eletrônicos, em substituição à sistemática atual em papel.

Segundo informações do Ministério da Fazenda, o CT-e é um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de registrar, para fins fiscais, uma prestação de serviço de transporte de cargas realizada por qualquer modal (Rodoviário, Aéreo, Ferroviário, Aquaviário e Dutoviário). Sua validade jurídica é garantida pelo certificado digital do tipo e-CNPJ, bem como pela recepção e autorização de uso, pelo Fisco. Segundo Dorival Dourado, presidente da Boa Vista, o certificado digital é essencial porque garante validade jurídica às operações, dando segurança e autenticidade às informações prestadas.

Como a data de adequação ao CT-e para as empresas que se enquadram no modal rodoviário passa a valer a partir de 1º de agosto, é importante que os transportadores que ainda utilizam o modo tradicional se apressem para obter o certificado digital. Assim, evitam filas, atrasos na implantação e eliminam os riscos de multas. O CT-e tem validade em todos os estados do país, mas a empresa tem que se credenciar junto à Secretaria da Fazenda dos Estados em que possuir estabelecimentos e nos quais deseja emitir CT-e. As vantagens desta modernização incluem: redução de custos de papel e impressão do documento fiscal; incentivo ao uso de novas tecnologias; facilitação e simplificação da Escrituração Fiscal e contábil, entre outras.

Segundo Dourado, o e-CNPJ é um documento eletrônico que identifica a empresa no mundo virtual. Por isso é fundamental na emissão do CT-e. “O certificado digital oferece identificação segura na troca virtual de documentos, mensagens e dados. Seu uso proporciona, ainda, outros benefícios à sociedade como eliminação de papéis e impressões e redução de custos com deslocamentos”, recorda.
Já a partir de 1º de dezembro de 2013, também as empresas do modal rodoviário optantes pelo regime do Simples Nacional precisarão se adequar a esta nova realidade.

A aquisição de um certificado digital é simples e rápida e pode ser feita por meio do website http://www.boavistaservicos.com.br/certificadodigital ou pelo telefone 0800-701 78 87. Para as empresas que ainda não possuem certificado digital, ou àquelas que precisam renová-lo, a Boa Vista Certificação Digital disponibiliza 16 pontos de atendimento na capital paulista e soma no estado de São Paulo cerca de 100 endereços. Além de contar com novos pontos de atendimento em Belo Horizonte, Blumenau, Recife e Fortaleza

Em um ano, empresas dobram as operações de logística reversa

Mercado deve continuar se expandindo graças à legislação e acordos setoriais

 

As empresas que investiram em logística reversa antes do fechamento dos acordos setoriais já colhem os frutos das aplicações. O Grupo TPC Logística, por exemplo, teve um crescimento de 100% na demanda por esse tipo de serviço entre 2011 e 2012. "Por ser um serviço relativamente novo, a logística reversa ainda não é uma fatia representativa no nosso crescimento total, que foi de 48% no ano passado, mas estamos muito atentos ao crescimento da demanda por essas soluções, já que dobrou de tamanho em um ano", afirmou o vice-presidente do Grupo TPC, Luís Eduardo Chamadoiro.

Até agora, o foco do Grupo TPC tem sido a logística reversa pós-consumo, para empresas de e-commerce e telecomunicações, as que mais registram prejuízos em caso de devolução de produtos ou desistência do consumidor. Chamadoiro explicou que principal objetivo desse serviço é impedir que os produtos percam o valor, evitando prejuízos. "Um produto devolvido, por exemplo, ficava aberto, num canto do Centro de Distribuição (CD), até que fosse avaliado. Quando isso acontecia, a mercadoria já não tinha o mesmo valor. ", disse. 
"A logística reversa dá tratamento imediato a esse produto para que não perca valor de venda", detalhou.

Um dos principais clientes do Grupo TPC, uma grande operadora de telefonia celular, cujo nome não foi informado devido a um contrato de confidencialidade, reduziu os prejuízos em até 80% depois de implantar a política de logística reversa. "O material retorna fora de garantia, com a embalagem danificada ou com um pequeno defeito, por exemplo. Assim que essa mercadoria é devolvida, é rapidamente repassada ao fabricante. É muito importante que isso aconteça com rapidez para que o produto não perca o valor", explicou ao DCI o gerente do segmento de Telecom do Grupo TPC, Ciro Costa. "A partir daí, o fabricante faz uma triagem e verifica prazo de validade, uso, defeitos. Então, pode até recusar a devolução. Até 2010, 7 entre 10 aparelhos eram rejeitados. A TPC acelerou o processo fazendo a triagem antes do fabricante, evitando a rejeição", disse.

Outro foco da logística reversa é a reciclagem. A JadLog, por exemplo, já vê nesse segmento uma oportunidade de negócio maior do que a de qualquer cliente individual da empresa, que entrega em todo o Brasil e possui rede de 500 lojas franqueadas. Hoje, a logística reversa representa 12% do negócio da empresa, que movimentou, ao todo, R$ 293 milhões em 2012, e já prevê R$ 325 milhões para este ano. "Atendemos principalmente empresas de eletroeletrônicos, como Sony, Lexmark e Positivo. Trazemos o produto estragado para consertar e levamos consertado. Ou trazemos o cartucho de impressora vazio e devolvemos cheio, atendendo à legislação ambiental", explicou o diretor comercial da empresa, Ronan Hudson.

A empresa solucionou, inclusive, o problema logístico relacionado aos postos de reciclagem. Como a maior parte desses pontos está localizada nas Regiões Sul e Sudeste, o custo da logística reversa no Nordeste, por exemplo, ficava muito mais caro. "Resolvemos isso planejando as viagens. Como mais de 60% da carga sai do Sul e Sudeste para outras regiões e temos uma ociosidade no retorno desses veículos, aproveitamos para trazer resíduos para reciclagem", concluiu Hudson.

Em outros casos, é preciso buscar alternativas, como a da Wise Waste, empresa recém-criada, que cresceu 300% no último ano. A entrante investiu em novas cooperativas de reciclagem no Nordeste para viabilizar a reciclagem de alguns materiais. "Praticamente 70% dos resíduos plásticos e de papel são produzidos no Nordeste", explicou Chicko Sousa, sócio da empresa, que desenvolve produtos a partir de resíduos. "A logística inviabilizava a reciclagem. O quilo do papel é vendido a R$ 0,20 e o transporte do Nordeste ao Sul custa R$ 0,30", concluiu.

"Por isso temos a aplicação da economia circular. Nós utilizamos estruturas já existentes, que estão subutilizadas, fazemos um link da cooperativa a um reciclador local e desse reciclador a um revendedor local. Eliminamos a capacidade ociosa de estruturas já existentes e viabilizamos a venda", arrematou Sousa.

Hoje, a Wise Waste proporciona economia de até 15% à principal cliente, a gigante P&G, com a compra de novos displays, fabricados com resíduos de pós-consumo da própria empresa.
"Nós desenvolvemos os produtos com resíduos de pós consumo da empresa e vendemos de volta para a própria P&G com um preço abaixo do de um produto comum. Isso é possível porque a resina que reciclamos, por exemplo, é 40% mais barata que a resina virgem", contou Sousa.

Corte no transporte deve afetar infraestrutura



A mobilização social observada nas últimas semanas, em manifestações por todo o País, e a falta de definições claras para os investimentos privados em infraestrutura devem mudar a pauta de prioridades do governo e do Legislativo de agora em diante.

Especialistas ouvidos pelo DCI apostam que a pauta das desonerações previstas para o transporte público em todo o País deve tomar o espaço dos projetos de infraestrutura, que até então eram prioridade do governo. A Medida Provisória 612/2013, conhecida como a MP dos Portos - Secos, por exemplo, que reestrutura o modelo jurídico de organização dos recintos aduaneiros de zona secundária e inclui o setor na política de desoneração tributária da folha de pagamentos, pode ser afetado por uma eventual contenção de despesas.

"Qualquer agenda de prioridades do governo e do Legislativo caiu nos últimos dias com a mobilização popular que exigiu melhorias no transporte público", explica o especialista em contas públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Amir Khair. "Muita coisa que vai surgir deve atropelar a agenda do governo, que foi definida em outro cenário. A presidente Dilma Rousseff está tensionada, se comprometeu com a redução em rede nacional, então essa agora é a demanda mais urgente do Governo", concluiu.

Para o sócio diretor da Pezco Microanalysis, consultoria especializada em infraestrutura, Cleveland Prates, o dilema poderia ser evitado se o País tivesse marcos regulatórios mais definidos. "A falta de regras claras faz com que o governo não consiga tirar do papel projetos simples como os das concessões de ferrovias e rodovias, por exemplo", afirmou o especialista ao DCI. "Com essa deficiência estrutural, passa a ser necessário que o governo aplique cada vez mais dinheiro nesse tipo de projeto, deixando de cobrir pautas como o transporte público", complementou.

De acordo com Prates, nem mesmo a nova Lei dos Portos, serve como modelo de clareza para atrair o investimento privado. "Temos um defeito estrutural grave na nova lei que é a manutenção do poder do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), que deve afastar investimentos privados", afirmou.

Projetos
O impasse apontado por Prates tem motivado diversas reuniões entre o governo e representantes da iniciativa privada. Na semana passada, por exemplo, as concessões de rodovias estiveram na pauta do ministro dos Transportes, César Borges, e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se reuniu com o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Rodolpho Tourinho, para discutir as questões financeiras que constarão de editais e licitações de rodovias previstas pelo governo.

Até agosto deste ano, um novo lote de rodovias deverá ter os editais publicados, para que os leilões aconteçam até o final do ano, prevê o governo.

Contas
O temor do governo, segundo fontes de Brasília, é que a desoneração prevista para a folha de pagamento dos portos-secos, por exemplo, dissolva o impacto da votação de hoje na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do projeto de lei que institui o Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros (Reitup), que tem como principal proposta reduzir a zero, entre outras, as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre o faturamento dos serviços e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) na aquisição de óleo diesel.

Apesar da previsão de redução de 15% nas tarifas, há dúvidas sobre o efetivo impacto das medidas porque algumas isenções já foram incluídas na MP dos Portos-secos.
 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Brasil terá primeiro museu do transporte multimodal do mundo

Reconhecido por seu ineditismo e contribuição à cultura nacional, o Projeto Brasileiro do Transporte obteve aprovação nos moldes da Lei Rouanet, lei federal de incentivo à cultura, sob a gestão do Ministério da Cultura, em maio. A partir dessa aprovação pelo MinC, que é um certificado da qualidade do projeto e um aval aos patrocinadores interessados em alinhar sua marca a um grande e relevante Museu, utilizando parte de seu imposto de renda, os gestores do projeto já estão estruturados para realizar a captação de recursos.

Com isso, o sonho caminha para tornar-se realidade. Pessoas jurídicas poderão direcionar até 4% de seu IR devido à cultura; e pessoas físicas, 6%; para a execução da primeira fase do projeto de construção e implantação do Museu Brasileiro do Transporte. Esta etapa, com orçamento aprovado da ordem de R$ 10 milhões, permitirá a execução de todos os projetos preliminares de arquitetura e engenharia, a limpeza e preparação do terreno (terraplanagem), montagem do canteiro de obras, obtenção dos alvarás e licenças necessárias à obra, administração, segurança, além da pré-produção de toda a dinâmica de expor suas obras (museologia, expografia e museografia).

O Museu adotará um modelo inédito de exposição, com a interatividade das obras expostas com o público frequentador, por meio de recursos de multimídia de alta tecnologia. Valorizando a acessibilidade do público em todas as suas dependências, na parte externa haverá um moderno projeto de paisagismo e com total conforto para receber os futuros frequentadores. Também adotará as atuais normas de sustentabilidade e certificação, buscando valorizar e preservar o meio ambiente ao seu redor. O período para execução dessa primeira fase será de 24 meses - de julho de 2013 a junho de 2015.

As fases seguintes são objeto de novos projetos que serão submetidos oportunamente ao MinC. O Museu será erguido em terreno próprio da Fundação Memória do Transporte – FuMtran, com quase 19 mil metros quadrados, às margens da rodovia Dom Pedro I – km 143, na cidade de Campinas (SP), próximo a importantes rodovias da malha viária do Estado de São Paulo.
 

Elog inicia operações agendadas em Portos Secos

Planejamento e agendamento para carga começou no Porto Seco Barueri e deve se expandir


Os caminhões que carregam e descarregam todos os dias no Porto Seco Barueri, controlado pela Elog, estão, há pouco mais de um mês, agendando um horário para as operações. A ideia inovadora vem estabelecendo um novo padrão no setor e tem ajudado a resolver entraves importantes, como filas de espera e aprimoramento na escala da equipe. “O desafio foi provar que era possível, uma vez que ninguém no mercado trabalhava dessa maneira”, afirma Rafael Lima, gerente de Operações Alfandegadas.

A fase de preparação para o agendamento de descarga no Porto Seco Barueri teve inicio no meio do ano passado. Equipes da Elog fizeram um levantamento da capacidade operacional, da necessidade de mão de obra, bem como desenvolvimento de planilhas e ferramentas para colocar o agendamento em prática. A operação começou na primeira semana de maio e a resposta tem sido bastante positiva.

O agendamento das operações em ambiente alfandegado viabilizou uma redução de custos para o cliente. "Nossos clientes não precisam mais esperar em uma fila, o que evita estadias e custos extras de transporte. É só chegar na hora marcada para o atendimento”, afirma Rafael Lima. Esse sistema permite que os clientes otimizem suas operações e aumentem o giro de suas carretas. Caso haja um imprevisto e o cliente não chegue na hora, a Elog faz um reagendamento para recebimento dessa carga.

A previsão é de que até o final do ano todos os Portos Secos da região Sudeste trabalhem com o novo sistema. Já as unidades do Sul, deverão aderir em 2014.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

ATN Log se apoia em WMS da Store Automação para continuar a crescer

Empresa abriu mão de software anterior em busca de solução mais eficiente


Para suportar seu crescimento, a ATN Log, companhia especializada em serviços de logística e armazenagem, decidiu descontinuar seu WMS (Warehouse Management System) anterior em prol de uma solução mais robusta e que desse segurança ao desenvolvimento de seu negócio. A escolha encontrada foi a implementação do Store/WMAS, ferramenta de gestão de armazéns da Store Automação, fornecedora de softwares orientados à logística.

Segundo o gestor de armazém da ATN Log, Roberto Ferreira, para uma empresa que procura se estruturar no mercado é imprescindível oferecer soluções diferenciadas. “O cliente vai pedir um relatório de controle do estoque ou de rastreabilidade, então temos que disponibilizar um WMS que suporte estes processos. Com o WMS antigo, que era uma solução caseira, tínhamos uma ineficácia sistêmica. A partir deste ponto, decidimos renovar a ferramenta para dar uma base sustentável ao nosso crescimento”, explica Ferreira.

Em uso há cinco meses, o WMS estruturou e unificou os processos de toda a empresa. “Hoje temos o departamento de expedição, de controle de estoque, além de disponibilizarmos de processos como os coletores, que dão confiabilidade a toda a operação, e de rastreabilidade, método sistêmico no qual é possível saber em qual nota um lote foi embarcado”, pontua o gestor.   

Operando em uma área de 21.000m², sendo 15.000m² destinados à armazenagem, a ATN Log pretende ampliar o escopo do contrato com a Store. “A logística do Brasil está mudando. Hoje temos leis específicas que regem a área e, devido a isso, o nosso crescimento sustentado é uma questão estratégica de negócio. Entendemos que o principal motor propulsor para isso é oferecer vantagens e soluções tecnológicas competitivas”, confirma Ferreira.

De acordo com o presidente da Store Automação, Wagner Tadeu Rodrigues, a visão da ATN demonstra o quão a companhia está em compliance em relação às diretrizes estabelecidas para o alcance do sucesso do negócio. “A ideia é sempre atender as necessidades do mercado. E, para isso, a ATN poderá encontrar o pilar do crescimento sustentável baseando-se na implantação de sistemas e na compra de mais licenças e mais módulos do WMS”, finaliza Rodrigues.

Buonny lança novo portal de serviços para clientes

Pelo website, clientes tem acesso a uma visão completa das operações

 

A Buonny Projetos e Serviços, maior gerenciadora de riscos independente do Brasil na área de transporte de cargas, lançou seu novo portal de serviços para clientes em todo o país. Com a novidade, os clientes podem ter uma visão completa de toda sua operação, com uma divisão por áreas, o que dá agilidade e eficiência ao portal.

As áreas que podem ser acessadas pelo cliente são:

Financeiro: o sistema envia, em tempo real, informações eletrônicas sobre o faturamento do cliente, como nota fiscal, boleto e demonstrativos de todas as informações enviadas no momento do faturamento. O próprio cliente administra sua conta e acrescenta novos usuários para receberem as informações. Ele ainda emite a segunda via destes documentos a qualquer momento, de forma simples e rápida. E caso necessite, pode acompanhar, por meio de demonstrativo financeiro, o custo de sua operação com a Buonny, de forma on-line, antes que o faturamento efetivo ocorra.

Comercial: neste módulo, o cliente acompanha e faz a gestão sobre toda a sua operação. O sistema propicia informação de forma diferenciada seja ele um transportador ou um embarcador, dando a informação necessária para que ele tenha uma visão gerencial sobre sua frota e suas viagens, dependendo de sua atividade. As informações geradas são: quantidade de viagens, valores, transportados,  origem e destino das viagens, tecnologias utilizadas, jornadas dos motoristas e estatísticas de viagens por transportadores/embarcadores.

Buonnysat: os motoristas são informados, por meio de SMS, sobre sua viagem e o número que a controla. Permite ainda que o motorista responda pela mesma ferramenta, permitindo que o sistema registre todo o processo.

Logístico:  neste modulo, existem as seguintes facilidades:
  1. Cadastramento de veículos - permite que o cliente inclua ou exclua, atualize informações sobre sua própria frota ou de terceiros prestadores de serviço;
  2. Cadastramento de alvos - permite facilmente cadastrar alvos para que se possa medir todo o processo logístico;
  3.  Inclusão de Solicitação de Monitoramento Manual - programa que simplifica a inclusão de solicitação de monitoramento; aprende sobre as viagens realizadas e atualiza a base de dados para posterior utilização;
  4. Transit Time - posição online dos veículos com cálculo de distância/tempo para conclusão da viagem;
  5. Acompanhamento de temperatura – permite medir a variação de temperatura de um veículo no período de sua viagem;
  6. Situação da frota - permite visualizar toda a frota e situação da mesma perante alvos cadastrados;
  7. Nível de serviço -  Sistema acompanha as entregas e sua efetividade, acompanha e demonstra sua efetividade de forma simples e clara;
  8. Veículos em alvos - Permite visualizar veículos e suas entregas e ver historicamente quais entregas demandam maior tempo e retém seus recursos;
  9. Integração de Solicitação de Monitoramento - São seis formas diferenciadas de integrar solicitações de monitoramento, o que hoje facilita para qualquer novo cliente automatizar seus processos internos.

Além disso, o novo sistema do Teleconsult possui novas regras para consulta dos motoristas, que possibilitam avaliar motoristas por critérios diferentes para cada tipo de operação.

Governo agora trabalha na modificação do regime dos Portos Secos

Objetivo com as mudanças é atrair novos investidores para o setor


Mais uma medida provisória da área logística entra na pauta do Congresso Nacional. Agora é a MP 612, que trata dos Portos Secos. Os recintos alfandegados de zona secundária constituem extensões industriais e comerciais. Neles são realizadas operações sob regimes aduaneiros de beneficiamento de matérias-primas, entrepostagem de cargas com suspensão de impostos, depósitos certificados alfandegados, entre outras, para atender às demandas de logística dos clientes. 

O regime tributário especial facilita a produção e exportação de manufaturados com componentes importados. São, portanto, equipamentos importantes para o esforço recomendado ao País de maneira quase consensual pelos analistas econômicos para inserir produtos de maior valor agregado na pauta de exportações. 

Um dos mecanismos possíveis no porto seco é o do componente importado ingressar nele sem a taxação que só vai incidir sobre ele por ocasião da operação de venda. Funciona como uma espécie de incentivo fiscal. Sob a legislação atual, o número de portos secos instalados no País saltou de 14, em 1993, para os atuais 67 em funcionamento - 25 deles só no estado de São Paulo. 

Apenas quatro desses portos secos não passaram por licitação. Foram implantados por simples autorização da Receita Federal. Eles foram abertos em 2006, quando a MP 320 - que depois caducou sem aprovação no Congresso - permitiu, pela primeira vez, o livre investimento no setor, sem licitação pela União. Essas 67 instalações respondem por uma fatia ainda tímida das operações de importação - 20% - e mais tímida ainda das de exportação: 5%. 

No regime jurídico apontado como "em crise" na exposição de motivos com que o governo federal apresenta a MP, a concessão é por 35 anos, prazo considerado razoável para amortização do investimento inicial para a implantação de um porto seco já que somente na fase inicial de implantação da área alfandegada o custo fica em torno de R$ 10 milhões. 

Como também acontece com os serviços nos portos marítimos e aeroportos, o desembaraço e a nacionalização de mercadorias nos portos secos devem se orientar pela defesa dos interesses da nação e da sociedade, pois envolvem questões de soberania e de segurança pública, controle das fronteiras e integridade das cargas que entram e saem do País. 

O ponto essencial da MP está na exclusão do processo licitatório, substituído pelo licenciamento ou autorização mediante cumprimento de requisitos. O governo garante que esse novo regime jurídico vai atrair novos investidores. Mas na verdade o Estado está abrindo mão da possibilidade da escolha transparente e criteriosa do melhor prestador do serviço ao usuário. 

De maneira semelhante ao que acontece atualmente com os Portos 24 Horas, a capacidade da máquina pública e dos órgãos reguladores de atender demandas intensas a partir da aprovação do texto está em cheque. 

Em cada instalação, há a necessidade da presença de alguns fiscais da Receita Federal. A aprovação da MP vai desvelar essas carências e esses problemas estruturais.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Maior terminal privado de contêineres do país começa a operar em julho

O maior e também um dos mais polêmicos empreendimentos privados do setor portuário no Brasil tem seu início de operação previsto para agosto.

O Embraport, terminal privado para distribuição de contêineres no Porto de Santos, pertence aos grupos nacionais Odebrecht e Coimex, e à Dubai Port, dos Emirados Árabes. Sua construção envolveu investimentos de R$ 2,3 bilhões e a expectativa é que, quando inaugurado, passe a receber navios da maior parte dos grandes operadores internacionais que têm linhas ligando o Brasil ao Oriente.

A empresa ainda precisa de algumas licenças até lá. Com 530 mil m² de área, que poderão ser expandidos para 848 mil m², ele terá capacidade para movimentar 1,2 milhão de contêineres de 20 pés por ano.

Todo o porto de Santos, que conta com seis terminais de contêineres, movimentou, em 2012, 2,9 milhões de contêineres de 20 pés. O maior terminal do porto, o Tecon, tem 600 mil m² de área e capacidade de movimentar 2 milhões de contêineres de 20 pés.

A expectativa no mercado é que o Embraport contribua para uma redução dos preços cobrados pelos portos e, principalmente, do tempo de espera das empresas que precisam transportar por contêiner no país.

Mas, para começar a operar, o terminal precisou passar por uma corrida de obstáculos jurídica e somente com a edição da MP dos Portos, no ano passado, garantiu seu funcionamento.

Até 2012, a legislação determinava que terminais privados deveriam operar prioritariamente com a chamada carga própria, ou seja, mercadorias de seus proprietários. Nem a Odebrecht nem o Coimex têm carga suficiente para justificar um terminal de contêineres desse porte e, por isso, entidades do setor tentaram barrar o funcionamento do terminal com ações judiciais.

A edição da MP dos Portos, no fim do ano passado, trouxe um parágrafo específico para regulamentar de forma definitiva o Embraport e outros três terminais portuários em situação semelhante.

Nas sessões do Congresso para analisar a MP, parlamentares que defendiam os portos púbicos acusaram o governo de estar beneficiando o grupo com a edição da medida, criando uma concorrência desleal. Isso porque, por ser privado, o Embraport não tem que se submeter a todas as regras de seus concorrentes, entre elas a contratação de trabalhadores dos órgãos gestores de mão de obra.

Já parlamentares que defendiam a ampliação dos portos privados apontavam que o custo do investimento privado na construção do terminal equilibra a disputa entre terminais privados e públicos, além de aumentar a concorrência entre eles, forçando assim a redução de preços.

A Embraport informou que, desde 2006, esteve "adequadamente autorizada a operar cargas próprias e de terceiros", entendimento que já teria sido referendado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Em nota, a assessoria da empresa afirmou que a MP "é um marco histórico" para o país. "O principal resultado é que agora estão abertos os caminhos para novos investimentos no setor".

Bridgestone oferece centro de serviços para caminhões e ônibus


Realizar a manutenção do veículo é de extrema importância para garantir sua conservação e a segurança do motorista, principalmente, os que dirigem caminhões e ônibus, pois passam a maior parte do tempo nas estradas. Na maioria dos casos, o motorista não dispõe de muito tempo de parada do veículo, e otimizar este período é fundamental.

Para solucionar este problema e atender a demanda do caminhoneiro por uma rede de manutenção ágil com produtos de alta qualidade, confiabilidade e segurança, a Bridgestone, maior fabricante mundial de pneumáticos, oferece aos transportadores o BTS (Bandag Truck Service), a maior rede de serviços do Brasil para caminhões e ônibus. O modelo foi criado em 2002 pela Bandag, pioneira no processo de reforma e gerenciamento de pneus.

Com o tempo, o BTS conquistou a confiança dos transportadores por oferecer serviços altamente qualificados para manutenção completa do caminhão e ônibus, otimizando o tempo de parada. Os motoristas passaram a não precisar mais se deslocar de uma loja para outra para realizar a manutenção dos veículos. Nestes centros, o transportador encontra uma oficina estruturada, atendimento e serviços padronizados e mão-de-obra qualificada.

Para atendimento das necessidades desse público, a Bridgestone mantém centros de serviços BTS que podem ter famílias de produtos demandadas por seus clientes, como: pneus, freios, suspensão, elétrica, lubrificação e acessórios. A rede oferece qualidade, preço justo, atendimento qualificado e padronizado e cobertura nacional com localização estratégica nas principais rodovias de acesso do País.

Atualmente, a rede BTS possui mais de 130 franqueados espalhados por todo o Brasil.

Valorização da soja compensa estocagem

O preço da soja no Brasil, em alta, impulsionado pela demanda especialmente por farelo, tem compensado os custos operacionais e financeiros de se manter o grão estocado, segundo pesquisadores do Cepea. A valorização do dólar também favorece as exportações, mas as deficiências logísticas dos portos brasileiros limitam as vendas externas.

As esmagadoras domésticas também continuam com forte demanda pela oleaginosa, favorecida pelas negociações de farelo e óleo. Além de atender a demanda atual as indústrias têm interesse em estocar soja e derivados.

O Indicador ESALQ / BM & FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá), entre os dias 7 e 14 de junho, em moeda nacional, teve elevação de 1,32%, fechando a R$ 68,68/sc de 60 kg na sexta-feira. Ao ser convertido para dólar, moeda prevista nos contratos futuros da BM & FBovespa, o Indicador fechou a US$ 32,03/sc de 60 kg, alta de 0,91% no mesmo período.

A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA / ESALQ, apresentou ligeira queda de 0,3% entre 7 e 14 de junho, finalizando a R$ 64,50/sc de 60 kg na sexta.

BNDES dará 43% dos R$ 183 bilhões reservados para a infraestrutura do País

Montante corresponde aos recursos que devem ser aplicados em portos, rodovias, aeroportos e ferrovias


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima investimentos de R$ 183 bilhões no setor de infraestrutura entre 2013 e 2016, dos quais o BNDES deve financiar 43%, enquanto os recursos públicos responderão por 19% e os demais 38% ficarão com os investidores privados. O montante corresponde aos recursos que devem ser aplicados em portos, rodovias, aeroportos e ferrovias, incluindo o volume previsto para o Trem de Alta Velocidade (TAV).

Os recursos contemplam não apenas o previsto pelo governo dentro do Programa de Investimentos em Logística (PIL), mas também outros investimentos em concessões e obras realizadas diretamente por órgãos governamentais, como Infraero e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). As informações são do gerente da área de infraestrutura do BNDES, Dalmo dos Santos Marchetti, que participou, nesta sexta-feira, de sobre portos, realizado em São Paulo.

Somente o setor portuário deverá receber R$ 35,8 bilhões no período, com 55% financiados pelo BNDES. O volume contrasta com os R$ 54,6 bilhões estimados pelo governo federal até 2017 com o PIL, que prevê até 65% de participação do BNDES. "Como existem projetos que não são financiados pelo BNDES e outros que são financiados com alavancagem diferente da prevista para o programa, a participação do banco fica menor", explicou. Marchetti também disse que as estimativas já contemplam parte das postergações no cronograma das novas concessões de infraestrutura.

Do total estimado para o setor portuário, a maior parcela, de R$ 24 bilhões (67%), deve ser destinada à modernização e ao aumento da capacidade dos terminais, enquanto outros R$ 5 bilhões (14%) serão aplicados no aumento da oferta de terminais de contêineres. Novos portos públicos consumirão R$ 3,9 bilhões e os restantes R$ 3 bilhões correspondem ao investimento público direto em infraestrutura e super estruturas.

O setor de rodovias deve receber investimentos de R$ 69 bilhões até 2016, dos quais 34% serão recursos do BNDES, enquanto aeroportos receberão R$ 10 bilhões, sendo 46% do banco de fomento, e no setor de ferrovias, o montante de investimento é de R$ 55 bilhões, sendo 42% do BNDES. Por fim o TAV terá no período R$ 14 bilhões, sendo 60% proveniente do banco.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Veloce realiza 2° Clube de Oportunidades para Transportadoras e Motoristas

Um novo modelo de relacionamento e de negócios entre empresas que atuam na cadeia de suprimentos é o conceito do Clube de Oportunidades, criado pela Veloce Logística, que terá sua 2ª edição no próximo dia 22/6. Trata-se de um grupo de compras coletivas, em que a operadora logística reúne grandes montadoras de caminhões, fabricantes de autopeças e empresas de serviços para oferecer produtos em condições especiais, por conta do volume maior, às empresas de transporte de cargas e motoristas autônomos que prestam serviços para a Veloce.

“Sustentabilidade é isso: garantir que todos os elos da cadeia saiam ganhando – as empresas, que crescem juntas; as pessoas que ali trabalham e podem realizar seus planos; e o meio ambiente, beneficiado com a troca de equipamentos antigos por novos que poluem menos”, resume Paulo Guedes, presidente da Veloce.

No 2° Clube de Oportunidades da Veloce estarão presentes as empresas: Ford (Caoa), Volkswagen (Tietê Veículos), Mercedes Benz (De Nigris), Iveco (Vetelli), International (Navistar), Hyundai (Caoa), Goodyear (Roma Pneus), Zatix, Pnecap, Rodomaia (Vipal), Fabet, Raízen Combustíveis (Shell Evolux Diesel), Facchini e ValeCard.

Cerca de 200 pessoas devem participar do 2° Clube de Oportunidades, que acontece na sede da operadora logística, em Diadema. O evento começa com um café da manhã e uma conversa com o presidente Paulo Guedes. Em seguida, em clima de festa e com muita música, são abertas as rodadas de negócios. No encerramento, um churrasco de confraternização.

Portonave bate recorde de movimentação em maio

A Portonave bateu recorde de movimentação de contêineres no mês de maio. A empresa movimentou 62.943 TEUs. Este foi o melhor mês desde o início das operações do Terminal, em outubro de 2007. O recorde anterior era de setembro de 2012 (60.570 TEUs). Na comparação com o mês de abril deste ano, a empresa movimentou 26,7% a mais de TEUs.

O crescimento da movimentação de cargas na Portonave se deve a vários fatores como o início do serviço Ipanema (com destino à Ásia), o aumento no tamanho das embarcações e à ampliação de acordos comerciais. No acumulado do ano até agora, o Terminal Portuário de Navegantes movimentou 269.269 TEUs, contra 230.288 TEUs em 2012 – um crescimento de 16,9% no período.  “A marca reflete o forte desempenho comercial da empresa e a sua excelência operacional”, avalia o diretor superintendente operacional da Portonave, Renê Duarte.

Em maio a operação com carga reefer também superou os números já registrados. Foram exportados 9.200 TEUs de carga congelada ou refrigerada no mês passado. Os principais produtos movimentados foram carnes congeladas, com destaque para o frango e maçã. Entre as cargas secas (dry), destaque para o tabaco e a madeira.

Maio foi um mês bom para a economia brasileira, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A balança comercial teve superávit de 760 milhões de dólares. Os principais produtos brasileiros vendidos ao comércio exterior no mês foram: soja em grão, minério de ferro, petróleo em bruto e carne de frango – que representa o carro-chefe das exportações da Portonave.

Governo vai reformar área de transporte

O governo federal prepara uma reformulação dos órgãos responsáveis pelas obras públicas em rodovias, ferrovias e hidrovias. A reforma vai mexer com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e dar novas atribuições à estatal de ferrovias Valec, além de transformar a semi abandonada Companhia Docas do Maranhão (Codomar) em braço executor das hidrovias.

Para funcionários do governo que trabalham na reestruturação do Ministério dos Transportes, as mudanças são necessárias para modernizar principalmente o Dnit, deixando o departamento menos sobrecarregado e abrindo caminho para sua execução orçamentária finalmente deslanchar. A autarquia passará a cuidar exclusivamente de intervenções nas estradas federais, alterando sua nomenclatura para Departamento de Infraestrutura Rodoviária.

Atualmente, o Dnit tem um programa de aproximadamente R$ 3 bilhões em intervenções de médio porte em ferrovias. São variantes e contornos ferroviários em municípios como Araraquara, em São Paulo, Camaçari, na Bahia, e Joinville, em Santa Catarina, além de pátios de manobras para trens. Geralmente, são obras que buscam aumentar a eficiência de ferrovias existentes e já concedidas à iniciativa privada nos anos 90 - por exemplo, evitando cruzamentos entre trilhos e avenidas ou rodovias. Pelos contratos de concessão, essas intervenções ficaram a cargo do poder público.

Tudo isso sairá do Dnit e passará às mãos da Valec, que já vive um processo de redefinição de suas funções. A estatal, assim chamada por ter sido um braço da Companhia Vale do Rio Doce antes da privatização da mineradora, provavelmente mudará de nome: o mais cotado é Empresa Ferroviária Nacional (EFN).

Além das obras a serem herdadas do Dnit, a nova empresa ficará responsável pela conclusão da Ferrovia Norte-Sul e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), mas ganhará progressivamente um perfil de gestora do transporte de cargas.

Com o programa de concessões anunciado no ano passado pela presidente Dilma Rousseff, a "nova" Valec comprará toda a capacidade de transporte das novas linhas que serão construídas ou modernizadas pelo setor privado, revendendo-a em seguida por meio de ofertas públicas ao mercado. Para afastar a percepção de risco dos investidores, a empresa poderá receber uma capitalização de R$ 15 bilhões, autorizada pela Medida Provisória 618.

Já as obras federais em hidrovias, como a construção de eclusas e derrocamentos nos corredores fluviais, migrarão para a Companhia Docas do Maranhão, a Codomar. Desde a estadualização do porto de Itaqui, no Maranhão, ela ficou praticamente sem funções. Por estar sem atividades, foi a única das Companhias Docas mantida no âmbito do Ministério dos Transportes, após a criação da Secretaria de Portos, em 2007. No ano passado, a Codomar teve uma execução orçamentária de menos de R$ 32 mil, o que ilustra a situação de letargia em que se encontra.

A Codomar pode ser o embrião da Empresa Brasileira de Hidrovias (EBH), mas sua constituição ainda não teve o martelo batido. Isso ainda depende do volume de obras que o governo assumirá no segmento. Trabalha-se no projeto da primeira concessão de uma hidrovia no país, a do rio Tocantins, entre Palmas e Belém. Não está descartada a transferência à iniciativa privada de atividades como a manutenção de leitos fluviais e derrocamentos (remoção de rochas nos rios).

Comércio entrega proposta de logística reversa ao Ministério do Meio Ambiente

A Confederação Nacional do Comércio (CNC), ao lado de empresas e entidades, entregou, na última quarta-feira (12), proposta do varejo para a logística reversa de eletroeletrônicos ao Ministério do Meio Ambiente. O documento foi apresentado em atenção ao edital lançado pelo governo para receber propostas de implantação de sistemas de logística reversa.

A proposta tem apoio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio SP). "A logística reversa de eletroeletrônicos trará grandes benefícios para a sociedade, já que esse tipo de resíduo contém elementos tóxicos e representa risco à saúde pública quando descartado de forma indevida", explica José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio SP.

O material desenvolvido define os pilares defendidos pelo comércio para a operacionalização do sistema de logística reversa. Uma das propostas é instituir contribuição para um fundo de custeio. Outro ponto é a criação de sistema híbrido que garanta diversos tipos de coleta, entre elas Postos de Entrega Permanentes e Eventuais. A ideia é criar um sistema com diversas opções, independentemente do sistema público de coleta, mas com possibilidade de eventual integração.

Para a gestão do sistema foi sugerida a formação de associação civil sem fins lucrativos, com finalidade de administrar o fundo e elaborar o mapa de implantação do projeto. O comércio defende também que os resíduos eletroeletrônicos não sejam considerados perigosos, quando mantidas as condições semelhantes às de uso, para que seja permitido o recebimento e o deslocamento independentemente de autorizações especiais.

DVA LOG reforça serviços de operador logístico integral

Novo CD em Sumaré (SP) faz parte do plano de expansão da empresa

A DVA LOG irá ampliar suas atividades para os principais segmentos da iniciativa privada, fortalecendo o status de operador logístico integral. Para comandar o processo de reestruturação, a DVA LOG contratou Maurício Gomes como novo diretor geral dessa divisão. 

Com uma sólida carreira no setor da logística materializada, Gomes destaca outras iniciativas que estão sendo adotadas pela DVA LOG. “A direção do nosso grupo tomou a firme decisão de investir na criação do CD de Sumaré, o qual abrigará o plano de expansão da empresa”. Com uma disponibilidade inicial para armazenar até seis mil posições paletes, o novo Centro de Distribuição está preparado para crescer e ampliar suas operações. 

Além de preocupar-se com a adequação do espaço para desenvolver tais atividades, a DVA LOG realizou um importante investimento na compra e adaptação de um WMS – Wharehouse Management System (Software para gestão das atividades do armazém), o qual oferece garantias de controle e gestão informática dos produtos armazenados e convive, de maneira harmônica, com os principais elementos que conformam o conjunto da administração informática de qualquer cliente. 

A DVA LOG, que já é uma das principais empresas de logística no setor de Marketing Promocional, fez este grande investimento para expandir suas atividades para os diversos nichos econômicos. “Depois de um rigoroso processo de análise de avaliação do mercado, decidimos ampliar nossas atividades para atuar como Operador Logístico Integral, oferecendo a prestação dos nossos serviços para os principais segmentos da iniciativa privada, tanto empresas de distribuição comercial como fabricantes e fornecedores de matéria prima”, afirmou o executivo. 

Um dos principais objetivos da empresa é incorporar a cultura de cada cliente à sua própria cultura. “Temos capacidade instalada para realizar operações de logística integral para empresas de diferentes setores de atividade, desenvolvendo projetos personalizados, seja quando a operação requeira um armazém exclusivo para um cliente, seja quando a operação permita o desenvolvimento da operação em centros multi cliente”, destacou Gomes. 

Segundo estudos internacionais, o Brasil é um dos países nos quais a terceirização das operações logística vem logrando as maiores taxas de crescimento e é possível que parte deste feito esteja ligada à presença das principais empresas multinacionais no país, além do que as organizações buscam ampliar a dedicação dos seus esforços na parte que compõe o núcleo duro dos seus negócios, delegando para especialistas como a DVA LOG. 

A empresa está apta para realizar atividades como: carga e descarga de caminhões e contentores, armazenamento temporal de mercadorias, gestão física e contábil do estoque, realização de atividades de picking, packing, etiquetado de produtos, gestão de campanhas promocionais, administração dos processos de entrega e de logística reversa.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

International Caminhões inaugura fábrica em Canoas

Com a operação, empresa retoma produção própria dos veículos no País

 

A International Caminhões, empresa do grupo Navistar, inaugurou nesta terça-feira (11) sua nova fábrica no Brasil. A operação, instalada junto à MWM Motores, em Canoas, marca o retorno da produção própria destes veículos no país.

Em coletiva de imprensa no Hotel Deville, o presidente e CEO da Navistar na América do Sul, Waldey Sanchez, disse que a utilização do espaço já existente gerou economia. "Se fosse feita do zero, essa planta custaria U$ 100 milhões. A Navistar investiu R$ 400 milhões nos últimos três anos no Brasil, sendo 25% no setor de caminhões", comentou, sem detalhar o valor investido em Canoas.

A International Caminhões fabricou caminhões no País pela primeira vez em 1998, em parceria com a Agrale, em Caxias do Sul. Em 2002, uma crise inviabilizou o projeto. Em 2010, mais um tentativa foi feita, em parceria com a Caterpillar, que acabou sendo abortada. Nos últimos aos, a empresa produziu seus caminhões em Caxias do Sul, em uma linha de montagem alugada junto à Agrale.

Dois modelos de caminhões serão produzidos em Canoas: o 9800i e o DuraStar. A capacidade de produção atingirá 5 mil unidades em três turnos de trabalho por ano. "Hoje estamos cinco vezes maior do que quando iniciamos no Brasil", comemorou o presidente mundial da divisão de caminhões e motores, Erich Tech.

Tecnologia desenvolvida pela Santos Brasil será apresentada em conferência internacional

Sistema de pesagem de contêiner desenvolvido pela empresa é tema da feira holandesa “TOC Container Supply Chain Europe”

 Uma tecnologia inovadora adotada pela Santos Brasil será tema de apresentação em um dos mais prestigiados seminários internacionais do setor portuário em Roterdã, Holanda. Trata-se do sistema de pesagem de contêineres por guindastes RTG (sigla em inglês de Rubber Tyre Gantry Crane), desenvolvido pela companhia em 2009 e adotado posteriormente pelo mercado devido aos ganhos em agilidade e eficiência que proporciona às operações. O sistema de pesagem será um dos temas expostos na feira holandesa TOC Container Supply Chain Europe, programada para a última semana de junho, e que reúne profissionais e especialistas do setor em todo o mundo.

O sistema foi totalmente projetado e produzido pela Santos Brasil em parceria com fabricantes de equipamentos portuários, desde sua idealização à adequação da técnica ao sistema de informação utilizado nas operações da Companhia.

Antes do desenvolvimento dessa tecnologia, os contêineres importados eram pesados em balanças rodoviárias, com o auxílio de carretas e reboques, o que exigia tempo maior na locomoção das cargas, comprometendo a agilidade nas operações.

“O desenvolvimento do sistema surgiu da necessidade de reduzirmos o tempo nesse tipo de operação, o que de fato ocorreu: a implementação e a automação são responsáveis pelo ganho de 8 e 9 movimentos por hora (MPH) por navio”, explica o gerente de Manutenção de Equipamentos da Santos Brasil, Nosor de Freitas Junior. De acordo com ele, a Santos Brasil é reconhecida pela inovação na pesagem das caixas de metal que chegam do exterior, assim como pelos ganhos conquistados no desempenho de operações do tipo.

O Tecon Santos dispõe de um total de 15 guindastes RTGs com a mesma tecnologia. Até outubro, mais 17 unidades desses equipamentos estarão disponíveis.

A feira e conferência holandesa TOC Container Supply Chain, que acontece este ano nos dias 25, 26 e 27 de junho, é considerada um ponto de encontro global para os portos, terminais, linhas de navegação e carregadores e os temas do seminário centram-se na colaboração dentro da cadeia de suprimentos de operação de contêiner. 

Cabotagem registra crescimento nos terminais operados pela Wilson Sons

Tecon Rio Grande e Tecon Salvador viram movimentação aumentar em mais de 20%

 Os esforços para o desenvolvimento da cabotagem nos terminais de contêineres operados pelo Grupo Wilson Sons se refletiram nos resultados operacionais dos cinco primeiros meses deste ano. De janeiro a maio de 2013, o volume de movimentação de contêineres cheios por cabotagem cresceu 22,9% no Tecon Rio Grande e 20,3% no Tecon Salvador, se comparado com o mesmo período de 2012.

Em ambos os Tecons, o arroz foi a principal carga movimentada pelo modal. No terminal de Rio Grande, o grão correspondeu por 78,8% de toda operação: foram 11.223 TEUs embarcados até o mês de maio, contra 8.769 TEUs no mesmo acumulado de 2012.

Em Salvador, que inaugurou recentemente um cais dedicado aos navios de cabotagem, a movimentação de arroz atingiu 3.000 TEUs entre janeiro e maio. A carga representa 26% de toda a operação de cabotagem de descarga do terminal, grande parte destinada para abastecer as gôndolas do próprio estado da Bahia.

Além de mais sustentável e com menor risco de avarias e sinistro, a cabotagem pode proporcionar uma economia nos custos logísticos de até 30%. Considerando apenas o frete para transportar um fardo de 30 kg de arroz do Rio Grande do Sul para Salvador, os custos por via rodoviária ficam em torno de R$ 7,50, e por cabotagem caem para R$ 6,40. Uma diferença de quase 15%.

Outros Destaques – O Tecon Rio Grande tem desenvolvido projetos para integrar a cabotagem a outros modais na cadeia logística, com destaque para a ferrovia. Quase 5% dos produtos da cabotagem utilizaram o modal ferroviário para chegar ao terminal neste ano, enquanto no ano passado foram 3% do total. A intenção é consolidar cada vez mais a competitividade da utilização das ferrovias.

Os principais destinos das cargas embarcadas por Rio Grande via cabotagem foram Fortaleza (29%), Suape (28%), Salvador (16%), Manaus (9%) e Pecém (5%).

Já em Salvador, a movimentação de fio de cobre ganhou destaque nas operações de embarque. Desde o final de 2012, devido a esforços conjuntos entre o terminal e armadores, foi possível viabilizar o transporte do produto utilizando a cabotagem, retirando parte da carga das rodovias. Como resultado, o segmento apresentou um aumento de 1000% nas movimentações do 5M13 em relação ao ano passado.

O segmento de bebidas, que atingiu um crescimento de 20% no mesmo período nos embarques, também promete registrar um incremento nos próximos meses, principalmente por conta da formação de estoque para o verão e maior concentração do volume que segue de Salvador para Manaus. O Tecon abriu neste ano um braço comercial na capital do Amazonas dedicada a desenvolver o modal na região.

 

Governo prepara reformulação de órgãos federais executores de logística

Dnit e Valec ganharão novos nomes e terão e gestão diferente da atual

O governo federal prepara uma reforma geral de braços executores e gestores de obras na área de logística, com a reformulação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da estatal de ferrovias Valec, disseram à agência de notícias Reuters três fontes que acompanham de perto o assunto, duas do governo e outra do setor privado. A ideia é de que as novas instituições tenham uma lógica de gestão semelhante a de empresas privadas, "com prioridade para a meritocracia", disse a fonte ligada ao setor privado.

Segundo as fontes, o Dnit deve passar a se chamar Departamento de Infraestrutura Rodoviária (DIR) e vai se focar apenas em obras públicas de rodovias, enquanto a Valec deve ser refundada e passar a se chamar Empresa Ferroviária Nacional.

A "nova Valec", rebatizada, dará a largada já com um aporte de capital de 15 bilhões de reais autorizado por Medida Provisória editada pelo governo na semana passada. O dinheiro é necessário para que a estatal assuma seu papel de compradora e revendedora de capacidade de carga das futuras concessões de ferrovias.

Segundo uma das fontes do governo, a Empresa Ferroviária Nacional será menos uma construtora de ferrovias (como era a Valec) e mais uma negociadora de carga.

Pelo modelo das concessões lançado no ano passado pelo governo da presidente Dilma Rousseff, os vencedores dos leilões para construir novas ferrovias venderão toda sua capacidade de carga ao governo --no caso, à nova estatal--, que a revenderá a operadores interessados.

Com isso, o governo elimina o risco de demanda do concessionário que investirá pesado para construir as vias e, ao mesmo tempo, separa a gestão dos trilhos da operação dos trens, que será feita por mais de uma empresa em cada trecho, para estimular a competição.

A reformulação de esferas do governo na área de transporte deve envolver ainda a criação de uma nova estatal para cuidar das hidrovias. A Empresa Brasileira de Hidrovias --nome mais provável da companhia-- vai tirar do agora DNIT a gestão dos projetos de transporte fluvial.
As mudanças deverão constar de Medida Provisória a ser encaminhada ao Congresso Nacional em agosto, segundo duas das fontes.

Não é a primeira vez que o governo Dilma muda o nome e o perfil de uma estatal de transportes.
No ano passado, a recém-criada estatal do trem-bala, a Etav, foi convertida na Empresa de Planejamento e Logística (EPL), que passou a concentrar o planejamento de longo prazo da logística do país, além de poder representar o governo no futuro consórcio do trem de alta velocidade.

As mudanças de nome e de função também acabam tendo um efeito na imagem das instituições, já que no início do governo tanto o DNIT como a Valec foram alvo de acusações de irregularidades que levaram à troca de seus comandos.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Grupo Tora adquire 255 caminhões Scania

A Scania foi a marca escolhida para a renovação e ampliação da frota do Grupo Tora, que adquiriu 255 caminhões para atender as duas transportadoras do grupo - Tora Transportes e Usifast - principalmente para carga siderúrgica.

A maior parte das unidades já está em operação e o restante será entregue até junho. Os primeiros resultados da nova frota Scania Euro 5 que já está em atividade surpreenderam positivamente o cliente. "Estamos muito satisfeitos com os relatórios iniciais. As médias de consumo de combustível já estão superiores em relação à frota da outra marca que utilizávamos. Além disso, os motoristas estão impressionados com o conforto das cabines", diz Silva Júnior, diretor operacional da Tora Transportes.

A frota adquirida inclui os modelos R 440 6x2, P 360 4x2 e R 480 6x4. A negociação também envolveu a Casa Scania Itaipu. A concessionária será a responsável pelo programa de manutenção adquirido pelo cliente.

Portos catarinenses receberão investimentos de R$ 287 milhões


A afirmação foi feita pela ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, após a audiência com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro interino dos Portos, Mário Lima Júnior, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o prefeito de Itajaí, Jandir Belini, na última quinta-feira (5), no Palácio do Planalto, em Brasília.

No encontro, ficou definido investimento de R$ 287 milhões no Porto de Itajaí. Dentro do recurso previsto para Itajaí, R$ 165 milhões serão empenhados pelo Governo Federal para dragar o porto de Itajaí. Com isso, será ampliada a capacidade de cabotagem, permitindo que o porto receba navios de grande porte.

Além disso, foram discutidas melhorias para o porto de Navegantes, a manutenção da administração do Porto de São Francisco para o Estado. Já o Porto de Imbituba ainda será estudada, podendo ser delegada para a iniciativa privada.

“Com a aprovação da MP dos Portos, há recursos para melhorar a infraestrutura dos portos no Programa de Investimentos em Logística, anunciado no ano passado pela presidenta Dilma Rousseff, e a modernização da gestão portuária. Por isso, os portos catarinenses receberão investimentos do Governo Federal”, disse a ministra.