sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A Logística e o mundo globalizado


Atualmente estamos vivendo em um mundo globalizado, em que, mais do que nunca, conquistar e principalmente, manter os atuais clientes é fundamental para a sobrevivência de qualquer negócio. Os produtos são, em sua maioria, facilmente copiáveis, e os serviços tendem a ser muito parecidos. A realidade da globalização provocou profundas mudanças nas empresas. Qualidade e competitividade deixaram de ser apenas um diferencial entre as companhias para se tornarem fator de sobrevivência no mercado global. Colocar o produto certo, no local certo, na hora certa, pelo menor preço é a grande meta a ser alcançada.

 Mais do que nunca, encontramos na logística uma poderosa ferramenta, que nos ajudará a mudar conceitos, rever processos, quebrar paradigmas, ou seja, fazer mais com menos. As empresas estão finalmente descobrindo a logística. Alguns vêem como uma grande oportunidade competitiva e outros, como uma ameaça diante da concorrência. Por exemplo, o segmento de supermercados, que é o mais importante canal de distribuição de produtos de consumo, segundo fontes de pesquisa, é o mais que tem recebido tecnologia nos últimos cinco anos em termos de gestão empresarial.

 A logística é a atividade da administração responsável pelo planejamento, organização e controle de todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor. Logística é muito mais do que visão de depósito, palete, caminhão, etc., ela se preocupa com a qualidade, custos, prazos e ciclos dos serviços prestados no atendimento a clientes. Estes fatores fazem com que a logística esteja em constante evolução e revolução de conceitos e técnicas, integrados ao ambiente de marketing, ou seja, o resultado de um bom trabalho logístico, reduzindo custos e aumentando a eficiência, certamente será o lucro.

 Investir em áreas de movimentação, armazenagem, transporte e projetos de logística, sempre trouxe, contudo, uma sensação de perda para muitos empresários, ficando sempre em segundo plano, mas hoje as empresas que não tiverem uma logística eficiente, certamente perderão clientes para seus concorrentes. Ter uma clara visão do global é importante para as empresas que desejam ficar à frente de seus concorrentes.

 Os profissionais de logística precisam visualizar o global e entender que a cadeia de abastecimento não é mais uma função, mas uma estratégia que torna as empresas mais produtivas e competitivas. É preciso enxergar todas as funções e alterá-las criativa e coletivamente, a fim de implementarem estratégias vencedoras. Hoje, empresas de sucesso são aquelas que conseguem aumentar a taxa de inovação, lançar produtos e serviços mais rapidamente, atender a demanda com tempos de espera menores e conquistar maior confiabilidade. A procura de uma vantagem competitiva tem se tornado uma preocupação de todas as empresas atentas às realidades do mercado. Não se pode pressupor que os produtos atuais, por mais excelentes que sejam vão continuar a vender sempre. O desafio para uma organização que pretende ser líder em serviço ao cliente é conhecer as exigências dos diferentes segmentos do mercado em que atua e direcionar os seus processos de logística aos cumprimentos dessas exigências. A disponibilidade do produto de acordo com a conveniência está superando a fidelidade à marca ou a um determinado fornecedor.

 Podemos dizer que a logística em uma empresa constitui de três partes: primeiro, suprimento, gerencia a matéria prima e os componentes, abrange o pedido ao fornecedor, transporte, armazenagem e expedição da matéria prima à produção. Segundo, produção, que administra o estoque semi-acabado no processo de fabricação onde engloba o fluxo de materiais dentro da fábrica, os armazéns intermediários, o abastecimento dos postos de trabalho e a expedição do produto acabado. Terceiro, a distribuição, que administra a demanda do cliente e os canais de distribuição, abrange estoques de produtos acabados, a armazenagem, o transporte e a entrega ao cliente. 

O gerenciamento do processo logístico como uma atividade estratégica contribui para que o cliente receba o produto certo, na quantidade desejada, com a variedade e a qualidade estabelecidas e no tempo contratado. Em contrapartida, o cliente se sente motivado a dirigir seus pedidos a empresas que forneçam os melhores serviços, o que significa para ele menores custos com estoques, maior confiabilidade e rapidez nas entregas. Com o acirramento da competição nos mercados, as empresas estão buscando cada vez mais reduzir seus custos e ampliar sua preocupação em relação à satisfação do consumidor. O entendimento hoje é que a satisfação do consumidor e os ganhos na redução de custos são frutos de trabalho conjunto com toda a cadeia produtiva, ou seja, a empresa deve estender sua atuação, preocupando-se com os fornecedores de seu fornecedor e com os clientes de seu cliente.

 As mudanças no ambiente competitivo estão provocando um aumento da demanda por serviços logísticos. A forte pressão por redução de estoques, por exemplo, estão fazendo com que os clientes comprem com maior freqüência, exigindo prazos de entregas cada vez menores (para ontem). A demora ou indefinição da data de entrega causa muitas vezes a não realização da venda e até mesmo a perda de clientes.

 O surgimento da internet e do comércio eletrônico tem contribuído para tornar o consumidor cada vez mais exigente em termos de prazos e qualidade, tanto de produtos como de serviços. Essas mudanças estão transformando a visão empresarial sobre a logística, que passou a ser vista não mais como uma atividade operacional, um centro de custos, mas sim como uma atividade estratégica, uma ferramenta gerencial, fonte potencial de vantagem competitiva. Se a qualidade era o fator principal no campo dos negócios na década de 80, a logística se tornou nos últimos anos, a chave da concorrência entre as empresas que atuam em um mercado globalizado.

 O resultado final que se espera obter com este trabalho é o suporte total ao cliente em todas as etapas do processo, do desembaraço à armazenagem das mercadorias, centralizando as operações, padronizando os atendimentos, minimizando erros e fazendo com que a percepção do cliente seja: satisfação com o produto, nível de qualidade, preços e serviços justos e valor agregado.

Fonte :Administradores.com

quinta-feira, 26 de setembro de 2013


Mexe com a logística, mexe com você


logistica
A Logística é hoje a atividade que mais se faz presente em nossas vidas. Com seus problemas – e são muitos[...] – que refletem em nosso dia a dia, revelam nossas fraquezas e a extrema necessidade de mudança, de melhorias contínuas. Basta analisar que muitos desses problemas que afetam o mercado de transportes são os mesmos que dificultam a vida do cidadão: trânsito, vias insuficientes e mal cuidadas, falta de planejamento e infraestrutura, insegurança e falta de acompanhamento do poder público…  Resultado: Caro para a Logística, caro para você.


É incrível como a Logística está ligada à nossa qualidade de vida. Se compararmos as taxas de crescimento econômico com os investimentos em logística no mesmo período, podemos constatar que há uma melhora substancial do sistema econômico brasileiro. O que precisa ficar claro para o Brasil é que não se pode investir em logística no decorrer do crescimento, mas antes dele. Não se pode continuar colocando a água no fogo enquanto se planta o feijão – Se gasta energia (fogo), recursos (água) e mão-de-obra; e ainda há o risco de se comer um feijão de má qualidade, pois se a colheita não for boa, vamos ter que comê-lo assim mesmo pela falta de tempo.

Qualidade de vida é comer bem, trabalhar com o que gosta, saúde e segurança assistidas, conforto… Não há outra coisa que possa proporcionar essas outras do que um bom planejamento. E para um bom planejamento não há nada melhor do que conhecimento, recursos e antecipação. No caso do nosso Poder Público, “vontade” é fundamental; é o início de tudo, de bom ou de ruim.

A Logística, não só a área de transportes, está intimamente ligada ao aumento ou diminuição da taxa de desemprego no país, pois é o setor que canaliza todos os investimentos que possibilitam a ampliação e o sucesso dos mercados.

Não há como melhorar o sistema logístico do mundo sem melhorar a vida das pessoas. O que antes atingia quem estava diretamente ligado à área da logística, hoje abrange a todos, sem exceção. Desde alimentos até automóveis e outros bens que antes não eram disponíveis em uma classe ou região, seja pelo acesso ou poder econômico, vêm possibilitando novas experiências às pessoas. 

Com o envolvimento da Logística em todos os processos que garantem competitividade, nasceu uma fase que podemos chamar de “Logística para todos”, onde todos se beneficiam  ou sofrem  com os efeitos da modernidade trazida por essa área mágica e revolucionária, a Logística propicia a inserção de qualquer indivíduo num meio social e/ou econômico. Sem opção, a esse indivíduo cabe seguir a velocidade do tempo ou perder-se nele. Sem velocidade não há como competir e sem tempo não há logística – embora consigamos dias com 26 horas –. Sem a Logística você não seria você.
Fonte: Logística Descomplicada

Brasil precisa investir R$ 600 bilhões para driblar gargalos

O déficit da área de transportes no País já soma R$ 600 bilhões.

Este seria o montante necessário para suprir os gargalos imediatos 
do setor, conforme estudo desenvolvido pela Empresa de Planejamento 
e Logística (EPL) em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC).
Segundo o diretor da estatal, Hederverton Santos, mesmo que metade 
do investimento já esteja sendo aplicada em programas como o PAC,
 ainda faltam iniciativas que resolvam a carência do eixo que a EPL chama de "estruturante". 

"Basicamente,é necessário investir em complementação de linhas da Malha
Ferroviária e na remodelação de quase a totalidade (20 mil quilômetros) da
malha rodoviária brasileira", sinalizou o executivo durante o Fórum de
Infraestrutura e Logística, promovido pela Câmara Brasil-Alemanha, em Porto Alegre. 

Além de trabalhar a longo prazo no Plano Nacional de Logística Integrada, a EPL
tem avaliado a viabilidade de novas ondas de investimentos? em estudo em
conjunto com o MBC e deve apresentar o resultado ao Ministério dos Transportes
em breve. Santos afirma que o Brasil perde em competitividade para outros
 países ao investir pouco em infraestrutura. "A análise do que precisa ser feito
partiu dos polos onde estão as 10 principais cadeias produtivas do Brasil e
como se dá o deslocamento da produção e ligação entre elas", resume odiretor da EPL. 

Um estudo do transporte de cargas realizado em 2010 pela Federação das
Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) também identificou os polos
produtivos dos três estados da região Sul e o tipo de transporte utilizado,
além dos destinos das produções dentro e fora do País. Em sua palestra no fórum
sobre logística, o presidente da entidade, Heitor José Müller, lembrou que o
levantamento foi entregue à Empresa Brasileira de Logística do governo federal
e apresentado também ao governo estadual e a diversas prefeituras do Rio Grande do Sul. 

"Com as novas tecnologias, o setor agrícola está produzindo cada vez mais
por hectare (a produção cresceu 24% sem que aumentasse as áreas), e tudo isso
precisa ser transportado. Se nada for feito até 2020, será um caos",
argumentou Müller, ao defender iniciativas como as duplicações de estradas, por
exemplo. "O caminho desde as áreas de produção até o porto do Rio Grande é
muito longo, e gasta-se muito tempo com os caminhões enfileirados, porque não
há duplicação nestas rodovias", reclamou. 

"A grande maioria das indústrias já fez o dever de casa: implementou
equipamentos, aumentou funcionários, reduziu custos para competir. Mas do
portão para fora, continuam os problemas. "Com altos gastos em logística,
a perda de produção e da atividade industrial no Estado e no País é uma das
consequências", lembrou Müller. "O nosso PIB seria bem maior se não
 existissem as amarras da falta de infraestrutura", sentenciou.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Porque a logística existe e é tão importante no mundo cada vez mais globalizado?

Imagine um momento em que todos criam uma expectativa, principalmente quando se é criança, o natal. Este é o momento em que o comercio mais fatura, crianças querem presentes, sua namorada ou esposa não pode ser deixada de lado, você acaba comprando um presente para si mesmo, há sempre um amigo ou parente que você considera muito e quer presenteá-lo neste dia, sem contar irmã, sobrinho, prima ou primo, mãe, pai, tio ou tia, seu chefe dentre tantas outras opções.
Imagine que você queira comprar roupas, brinquedos, livros e componentes eletrônicos para os presenteados. Então você vai a um shopping e vê que os itens que você deseja compra estão em falta, então você procura outro lugar e este ainda continua em falta, você continua procurando e não consegue encontra-lo em local algum. Diante tão situação há duas escolhas. A menos provável é a espera até que o produto chegue às lojas de novo, isto pode demorar, horas, semanas, meses até anos, ou então você optar por comprar outro produto que esta disponível.
É certo que poucas pessoas esperam até que o produto volte às prateleiras, elas acabam comprando um produto da concorrente, este produto pode até não ser de conhecimento da pessoa, mas elas acabam comprando para teste.
A logística tem como função suprir ao máximo a demanda dos produtos. É ela que, juntamente com o marketing, do qual prevê e ajusta a demanda, que alocam estoques durante todo o processo gerando valor para estes estoques. Assim como a, tão famosa marca de refrigerante, a Coca-Cola, impõe, o seu refrigerante, visão do autor, até não ser o melhor refrigerante do mercado, porém, pela sua eficiente logística de distribuição e sua alinhada previsão de demanda, está distribuído em todos os lugares possíveis, desde grandes centros urbanos até pequenas cidades no interior, salve suas exceções.
A logística é apenas transporte? 
Não. Ela se estende muito mais do que isto. A logística é responsável pela integração entre os fornecedores de matéria prima, a fabricante do produto ou serviço e o cliente final. É através de métodos matemáticos que são realizados cálculos de quantidade material (estoques) em movimento, quanto de estoque deve estar em cada uma das etapas, até a quantidade que deve chegar ao cliente final, com o máximo de exatidão possível.
A logística já é pensada há muitos anos. Há relatos de o Império Romano, com a sua expansão territorial utilizar práticas de logística para alimentar os seus soldados. Eles enviavam agricultores anos antes para plantarem em determinada região a ser dominada, então, quando os soldados estivessem chegando a este lugar os alimentos já estavam sendo colhidos e prontos para serem preparados.
Hoje para as empresas se manterem no mercado e serem, cada vez mais, competitivas, pois estão disputando com produtos de empresas nacionais e internacionais, devem efetuar uma boa logística, uma boa gestão de processos e operações, caso contrário estas serão engolidas pelos concorrentes e deixarão de existir.
fonte: blog Maia 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO .

O Sistema Toyota de Produção, surgiu após a década de 50, devido à necessidade das empresas japonesas manterem-se vivas no mercado de automóveis. A idéia inicial de Toyoda Kiichiro (presidente da Toyota Motor Company), era superar a indústria americana em três anos, ou a indústria japonesa não sobreviveria, pois o trabalhador americano produzia nove vezes mais que o japonês, devido ao método de produção em massa, porém essa filosofia não era aplicável no Japão, devido às demandas pequenas e os altos tempos de setup. 
O objetivo do Sistema Toyota de Produção, é elevar os lucros por meio do corte de custos, o que elimina estoques e mão-de-obra excessiva. Para atingir estas reduções de custos, a empresa deve livrar-se de vários tipos de perda no atual sistema de produção e fazer com que o sistema responda flexível e rapidamente às flutuações de mercado. O ideal do JIT é produzir somente o que é necessário.

Os japoneses desenvolveram o assim chamado conceito kanban como um meio de baixar o nível de estoques. Teve sua origem nas operações da linha de montagem, mas os princípios podem ser estendidos por toda a cadeia de suprimentos e para todos os tipos de operações.

O nome kanban significa na língua japonesa um tipo de cartão usado nos sistemas antigos, para dar sinal a um ponto de fornecimento que deveria liberar certa quantidade de material.

O kanban é um sistema de “puxar” acionado pela demanda, atingindo o ponto mais inicial da cadeia. Na produção, a finalidade seria produzir somente a quantidade necessária para a demanda imediata, desta forma eliminando desperdícios e custos com estoques.

A implementação do balanceamento da produção requer uma redução do tempo de atravessamento de produção (lead time). Muitos tipos diferentes de peças devem ser manufaturados diariamente em uma seqüência rápida, esta requer pequenos lotes e transporte correspondente ágil. No entanto, uma fábrica não pode executar a produção em pequenos lotes se, não consegue reduzir os tempos de troca de ferramentas, nem pode atingir a produção com fluxo de peças unitárias sem que cada operador se torne multifuncional.

As atividades kaizen, refinam operações e tratam instantaneamente as anormalidades para elevar o moral no local de trabalho e melhorar os processos nos quais elas ocorrem.



Fonte: Qualidade Brasil 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

SISTEMA KANBAN & JUST IN TIME - 


DEFINIÇÃO


Just in Time é um sistema de produção cujo princípio determina que nada deva ser comprado, produzido ou entregue antes da hora exata, sob pena de estar sendo gerado desperdício.
E Kanban é uma forma visual de controlar a produção e os estoques da empresa Ao invés de se utilizar listas de produção extraídas do MRP ou listas de pendências de vendas, a fabricação é controlada por sinais visuais. Mas aplicar os princípios do Just in Time em uma operação industrial vai muito além da gestão visual da produção, Além do Kanban, outras ferramentas também são importantes para a aplicação dos conceitos do Just in Time.
A implementação de um Sistema Kanban envolve primeiramente a mudança do sistema tradicional de produção empurrada para o sistema de produção puxada, seguindo-se a implementação de controles visuais de produção e estoque.

PRODUÇÃO EMPURRADA

É chamado de Produção Empurrada o sistema em que a primeira operação do processo recebe uma ordem de produção, geralmente extraída de um sistema MRP, e executa sua operação produzindo um lote padrão de produtos que é "empurrado" para a operação seguinte do processo de produção. Não existe uma ligação direta entre o que é produzido e a real demanda do cliente.

PRODUÇÃO PUXADA

É chamado de Produção Puxada o sistema em que a última operação do processo enxerga a quantidade de produtos realmente faturados do estoque para o cliente, e produz para repor este consumo do estoque "puxando" a quantidade de peças do estoque da operação anterior. Existe uma ligação direta entre o consumo real do cliente e a quantidade produzida.
 AS BASES PARA IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA KANBAN
A implementação de gestão visual na produção e no planejamento, aliada a uma mudança do sistema de empurrar para o sistema de puxar não garantem bons resultados. Para que o Sistema Puxado Controlado por Kanbans consiga trazer os resultados que se espera, alguns fatores devem ser observados.

FLUXO CONTÍNUO E CÉLULAS DE PRODUÇÃO

O trabalho de criação de fluxo contínuo é anterior, e por vezes mais importante, que a implementação do Kanban. Layouts funcionais com estoques de entrada e de saída nas máquinas, movimentação excessiva e desorganização são muito prejudiciais a um sistema de produção baseado na demanda do cliente. Muitas vezes, a implementação de Kanban em ambientes produtivos sem fluxo acaba por aumentar os estoques, ao invés de reduzí-los.

CAPACIDADE PRODUTIVA E TEMPO DE SETUP

Da mesma forma que o fluxo afeta o resultado de uma implementação Kanban, a capacidade produtiva e o tempo de setup são também fatores decisivos em um processo de mudança. Operações com problemas de capacidade tendem anão seguir as sugestões do Sistema Kanban, e produzem de acordo com o pedido mais urgente, ou mais atrasado.
Antes de se iniciar a implementação do Kanban é fundamental resolver problemas de capacidade, principalmente os problemas causado por tempos de setup muito elevados. Um projeto de implementação de Kanban e gestão visual da produção pode trazer resultados significativamente melhores se houver esforços para a redução dos tempos de setup e montagem de máquina.

DEMANDA DO CLIENTE

A implementação do sistema puxado, os cálculos do tamanho de lote e do supermercado parecem muito simples e empíricos quando a demanda do cliente é estável e não há sazonalidade. Quando existem variações de demanda significativas em um curto espaço de tempo (dentro da semana, ou dentro do mês),  o projeto do sistema puxado e os cálculos do Kanban se tornam muito mais complexos. Por isso, a demanda do cliente deve ser muito bem analisada e entendida antes de se projetar o sistema, sob pena de se realizar uma mudança para pior. 

SISTEMA KANBAN E A COMPETITIVIDADE

O que define o nível de competitividade atingido por uma empresa é a sua capacidade de atender às demandas de seus clientes, sejam elas quais forem. As demandas mais comuns são aquelas ligadas a custo, qualidade e entrega (não necessariamente nesta ordem). A implementação de um Sistema de Produção Just in Time afeta cada uma dessas três dimensões, mas certamente com mais impacto no item ' entrega'.

KANBAN E O CUSTO DE PRODUÇÃO

Operações baseadas em gestão de produção através de MRPs são usualmente mais caras que operações baseadas em Kanbans. O custo de se adicionar o módulo MRP dentro do sistema ERP é significativo.
Além dos custos do módulo em si, existem custos de consutoria e treinamento para implementação do módulo, além de ser necessária mão de obra mais qualificada (e por isso mais cara). Junto com os custos do sistema, e das pessoas para operar o sistema, existem custos financeiros do capital necessário para manter os níveis de estoque maiores característicos dos sistemas de produção empurrada.

KANBAN E A QUALIDADE

A mudança do sistema empurrado para o sistema puxado, com consequente melhora no fluxo, revela um ganho muitas vezes ignorado. Contendores mais apropriados, diminuição do tamanho dos lotes/estoques e principalmente a redução de movimentação de materiais ocasiona melhora na qualidade dos produtos, reduzindo drasticamente problemas com batidas, amassamentos, riscos etc.

KANBAN E O NÍVEL DE ENTREGAS

É em relação ao nível de entregas que o Sistema Kanban com produção puxada supera em muito o sistema de produção empurrada com ordens de MRP. Com a utilização de supermercados (posições de estoques bem dimensionadas e controladas), os produtos estão sempre prontos para entrega imediata ao cliente. Isso não significa que o nível de estoque é maior no Sistema Puxado. Pelo contrário, o estoque é significativamente mais baixo. E isso é possível graças ao melhor controle e nivelamento de estoque dado pelo Sistema Kanban.
 ARMADILHAS NA IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA KANBAN
Em alguns casos, a implementação bem feita de um Sistema Kanban pode levar muito tempo. Um erro comum nos projetos e implementações é a ilusão de que montar um quadro de gestão visual da produção é suficiente para realizar grandes ganhos. Raras vezes isso e verdade.
Na maioria dos casos, alguns fatores críticos de sucesso de projeto de sistema de puxar baseado na demanda real do cliente são negligenciados, e acabam resultando em grandes fracassos, desperdício de recursos e descrença na eficácia das ferramentas do Lean Manufacturing. Seria necessária análise mais profunda e a ajuda de um especialista quando:
  • O layout atual é do estilo 'funcional' (máquinas no mesmo tipo agrupadas)
  • Capacidade significativa perdida com Setups
  • Capacidade significativa perdida com Manutenções de máquina
  • Capacidade utilizada é próxima ao OEE (Overall Equipment Effectiveness)
  • Existem picos de demanda (fim da semana/mês ou sazonalidade anual)
  • O Kanban for aplicado a material importado
  • O Kanban for aplicado a produtos de exportação  
    Fonte:Ebah

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A logística de suprimentos e o pedido perfeito 


Em qualquer ramo de negócio, quer seja de saúde, alimentos, automobilístico, têxtil, etc. , do mais simples estabelecimento como por exemplo uma padaria de bairro até uma indústria que componentes aeroespaciais, a competência da logística de suprimentos se faz necessária, com recursos e tecnologias adequadas a cada atividade. Quero aqui destacar algumas características e funções da Logística de Suprimentos no contexto do gerenciamento das cadeias de suprimento, também conhecido como Supply Chain Management - SCM. A complexidade, intensidade, abrangência e especificidades das atividades que acontecem nas transações entre os componentes das cadeias de suprimento são diretamente proporcionais ao desafio de seu gerenciamento. Devido a sua relevância para a garantia dos negócios, a logística de suprimentos em algumas empresas engloba até mesmo as atividades de compras ou procurement. Em casos de fornecimentos mais complexos ou de importância devido a urgência ou altos custos, os profissionais de logística de suprimentos participam das negociações em conjunto com os vendedores e compradores, desde as etapas do planejamento de aquisição.

No plano tático, algumas atividades mais comuns da logística de suprimentos, são compreendidas entre as etapas de diligenciamento dos pedidos de compra até a disponibilização dos itens adquiridos, quer seja para consumo interno ou venda. Assim, após determinado contrato de fornecimento ou pedido de compra ter sido efetivado entre duas empresas, a área de compras da empresa cliente, disponibiliza as respectivas informações para os profissionais de logística de suprimentos iniciarem suas atividades, que podem ser assim sequência das:

  1. Diligenciamento dos pedidos que permitirá planejar com mais assertividade as atividades de recebimento dos itens adquiridos.
  2. Contratação do transporte dependendo do tipo de fornecimento contratado (FOB, CIF, etc)
  3. Recepção do veículo de transporte
  4. Conferência fiscal
  5. Conferência física
  6. Preparaçao das cargas para armazenagem ou abastecimento de linhas de produção.
A tipologia e a quantidade de “não conformidades” detectadas em cada uma destas etapas demonstra o grau de alinhamento das empresas componentes das cadeias de suprimentos. Estas “não conformidades” ilustram os controles adotados pelas empresas e aquelas que têm estrutura de pessoal qualificado também quantificam os custos inerentes da falta de qualidade. Não são raros os casos de devoluções de mercadoria ou atrasos de recebimento provocados por falhas simples como a omissão do nº do pedido na nota fiscal de fornecimento, isto sem mencionar as mais tradicionais “não conformidades” tais como as divergências de preços e de quantidades de itens. Também não são raros os casos em que a conferência do recebimento é feita utilizando-se a própria nota fiscal, anotando-se manualmente as quantidades recebidas e, neste caso, os gestores ”acreditam” que os colaboradores conferentes estão realmente efetuando as contagens e demais conferências.

No plano estratégico, baseando em minha experiência profissional, quando me deparo com situações recorrentes que denotam falta de qualidade e compromisso em resolver questões básicas de suprimentos, procuro aprofundar nas relações entre os diversos componentes das respectivas supply chains. E assim posso avaliar os diversos gaps de comunicação, entendimento e atitude que permeiam as estruturas organizacionais em seus diversos níveis hierárquicos, que resultam em redução dos níveis de serviço ao cliente e certamente em aumento de custos. É comum observarmos empresas de porte, que apesar de estarem com seus statements (visão, missão e valores) muito bem redigidos e estampados em sites na internet, nas salas de espera e nas salas das chefias e até mesmo nos prêmios de qualidade, apresentarem dificuldades no entendimento e no relacionamento com seus fornecedores e clientes. Não basta que determinada empresa tenha sua visão perfeita e divulgada através dos mais diversos canais de comunicação... é preciso que sua organização seja visionária,  que possa agir de modo a simplificar, melhorar níveis de serviço e reduzir os custos, que contribua para o necessário alinhamento de seus pares, enfim, que possa contribuir de fato para o aumento da competitividade das cadeias de suprimentos em que estiver inserida.

A liderança de uma cadeia de suprimentos pode ser definida por quem é o componente mais forte, mas também pode estar diluída entre seus componentes, o que pode provocar mais “ruídos” e dificultar ainda mais o entendimento entre eles e, consequentemente, colocando mais obstáculos para a obtenção do chamado “pedido perfeito”. Os empresários que desejam fazer negócios com menores custos e riscos devem estar atentos às suas ações no sentido de evitar que soluções simplórias tal como empurrar os custos e ineficiências para seus clientes ou fornecedores sejam adotadas. Eles devem agir com mais responsabilidade e participar ativamente para que ao menos em sua área de influência direta (seus fornecedores e clientes imediatos) todos entendam e comunguem dos mesmos valores e consigam propagar isto ao longo das inúmeras etapas do SCM. Isto pode parecer utopia nos dias atuais em que a qualidade muitas vezes é vencida pela pressa. Agilidade de fornecimento não implica em saltar etapas dos processos, mas garantir sempre a sua melhoria continua. Como vemos, gerenciar etapas e processos de suprimentos não é tarefa fácil, pois exige dedicação e competência para se encontrar a solução certa. E como já dizia H.L.Menchem, jornalista e crítico americano: “Para todo problema complexo existe sempre uma solução simples, elegante e completamente errada”, precisamos estar atentos à eficiência e eficácia das soluções.

Vale salientar que a capacitação e visão ampla do profissional de logística de suprimentos são fundamentais para esta tarefa. Parafraseando alguns líderes empresariais e gurus que afirmam que nada substitui o lucro, digo que nada é mais importante que o pedido perfeito, o graal dos negócios e o maior desafio para os profissionais que atuam no mundo dos negócios, em qualquer parte do planeta e em qualquer negócio.
Fonte:IBRALOG

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ANTF passa a ser afiliada à Associação das Ferrovias Americanas

Com o ingresso, ferrovias brasileiras farão parte de um comitê norte-americano, que permitirá a troca de know-how em segurança, produtividade, eficiência e uso de novas tecnologias
ferrovia-trilhos







A ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) passou a ser um membro filiado à AAR (Association of American Railroads), entidade criada há mais de 150 anos com o objetivo de padronizar as operações ferroviárias nos EUA. O processo de filiação foi finalizado no dia 13/9, na sede da AAR, em Washington D.C (EUA).
Como membro da AAR, primeiramente, as ferrovias brasileiras farão parte do chamado Wireless Committee, que integra a área de Comunicação, Sinalização e Controle de Trem da organização.
Atualmente, o grupo incorpora membros sobretudo nos EUA, Canadá e México, entre ferrovias Classe 1, short liners e de transporte de passageiros.
Rodigo Vilaça, dirigente da ANTF, afirma que a filiação representa um ganho muito importante para as ferrovias brasileiras, pois permitirá a troca de know-how em segurança, produtividade, eficiência e uso de novas tecnologias.
“As ferrovias brasileiras possuem um modelo de operação muito semelhante ao norte-americano. A afiliação nos permitirá ter acesso a dados estatísticos de pesquisas para melhoria de equipamentos da via e material rodante, além de informações sobre as principais ferramentas de tecnologia e implantação de equipamentos como o Positive Train Control, que é o sistema de segurança de tráfego utilizado nos EUA. Os dados das ferrovias norte-americanos nos servirão como benchmarking, assim como nossas ferrovias poderão apresentar à AAR as melhores práticas para que possamos, em conjunto, desenvolver o mercado ferroviário como um todo”, ressaltou.
As ferrovias brasileiras, historicamente, têm como vocação o transporte de heavy haul (carga pesada), como minério de ferro. Com o passar do tempo, o transporte de produtos do agronegócio, como trigo e soja, também aumentou.
“Hoje, está em crescimento a movimentação de carga geral em contêineres como forma de reduzir o custo logístico. Ainda temos muito a aprender sobre isso, mas com a expertise da AAR, com certeza avançaremos”, concluiu Vilaça.
Fonte : Portal Transporta Brasil 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Logística e Marketing -A importância da integração organizacional entre estas duas áreas.



Este artigo considero vital para as organizações, pois será comentado da importância de uma integração organizacional entre LOGÍSTICA E MARKETING. Para crescer neste ambiente competitivo, as organizações devem buscar respostas objetivas e concretas para as seguintes questões: O que é um bom cliente para nossa empresa? Qual o perfil do bom vendedor? Como realizar uma venda lucrativa? Por que estamos perdendo tantos clientes? Afinal, do que precisamos para ter um excelente atendimento aos nossos clientes? 

A princípio, acredita-se que simplesmente encaminhar os colaboradores da área de marketing (Comercial) para cursos de treinamento de curta duração em técnicas de vendas seja o suficiente. No entanto, nem sempre os clientes sentem-se totalmente satisfeitos com os produtos e serviços que adquirem. 

O serviço ao cliente, como um todo, deve ser o resultado de todas as atividades logísticas que envolvem a organização. E nesse aspecto, a organização deverá decidir qual o nível de serviço quer oferecer aos seus prospects para alcançar seus objetivos estratégicos. Deve-se saber que quanto maior a expectativa gerada no cliente mais eficaz deverá ser sua logística empresarial. 

As empresas devem evitar o descrédito e perda de confiança, seja por parte dos clientes, fornecedores ou de seus colaboradores. Quando isso ocorre, são altos os custos envolvidos no processo, fortes os desgastes emocionais e graves problemas de relacionamento interpessoal entre os colaboradores. E ainda assim, não se garante que a imagem da empresa não saia danificada. 

Do que adianta destinar grandes verbas para propaganda, treinamentos em vendas para conquistar e manter clientes, se a organização não investir em qualificação da mão-de-obra produtiva e nos outros recursos de transformação, ou seja, máquinas, equipamentos, transportes e instalações que envolvem todo o sistema logístico da organização? 

Nenhuma organização poderá oferecer um excelente atendimento ao cliente pensando isoladamente em vendas e marketing. Deve, sim, considerar toda a cadeia logística da qual faz parte, considerando o planejamento logístico como um elemento de maximização de lucro, em vez do ponto de vista de minimização dos custos. 

E então, como está nossa produtividade na recepção, armazenagem e movimentação de materiais? A flexibilidade no processo produtivo é competitiva? O processo de separação de pedidos é eficiente? Existem muitos erros na emissão das notas fiscais? Os estoques de embalagens para expedição estão sob controle? O cliente dispõe de mão-de-obra qualificada para receber nossa mercadoria sem riscos de danos? As respostas para essas perguntas, provavelmente, irão auxiliar você a reformular sua estratégia logística.
Fonte : revista portuária 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mercado exige capacitação contínua

Você já parou para pensar por que, mesmo com tanta gente procurando emprego ou em busca de uma recolocação profissional, há tantas vagas sem preenchimento no mercado? Essa é uma grande preocupação dos profissionais de RH e a resposta para essa pergunta é uma só: a falta de profissionais qualificados no mercado de trabalho
Essa carência é o reflexo das mudanças frenéticas que a evolução tecnológica causou e ainda tem causado nas empresas e na nossa vida. Todos os dias nós desenvolvemos novos softwares, computadores, mídias, robôs, máquinas que podem ajudar no nosso dia a dia.
No entanto, essa revolução tecnológica tem causado grandes impactos no marcado de trabalho e máquina tem tirado o trabalho operacional que antes era feito pelo homem, e agora tem sido executado por robôs.
Por exemplo, antes os telefones das empresas eram operados e atendidos por secretárias que transferiam as ligações. Hoje em dia esse trabalho é feito por uma máquina, que conversa com quem está do outro lado da linha, levando-o a falar diretamente com quem ele deseja. Nesta mesma linha de raciocínio, não são mais pessoas que montam carros nas montadoras, mas robôs e tampouco são pessoas colhem nas lavouras, são as colheitadeiras que fazem esse trabalho.
Todas estas inovações, por um lado, “roubam” o trabalho operacional do homem, mas por outro, criam novas profissões e novas oportunidades de emprego. No entanto, essas novas oportunidades exigem maior qualificação profissional e é preciso para estar apto a executá-las.
Para ilustrar melhor essa evolução do mercado e a sua constante exigência pela qualificação do profissional, observe as seguintes situações:
Perceba a pirâmide como o mercado de trabalho, que está cada vez mais exigente. Com isso, com o passar do tempo, os trabalhos mais operacionais vão sendo substituídos por máquinas e o profissional que não se atualiza acaba ficando fora deste mercado. E, no topo da pirâmide vão surgindo novas profissões que requerem maior qualificação do profissional. Ou seja, o profissional que se mantém atualizado se mantém no mercado e em boas posições.
Mas quem fez toda essa revolução e causou tanta mudança: a máquina ou as pessoas? É claro que foram as pessoas! É por isso que não há motivo para desespero. As pessoas continuam no comando de tudo e a máquina só vai tirar seu emprego se você não se capacitar para executar tarefas que exijam maior qualificação.
Por um lado ver as máquinas tomar o lugar das pessoas pode causar um certo desconforto, mas por outro trás uma boa perspectiva quanto ao futuro pois, quanto mais a tecnologia avança, mais barata e acessível ela vai se tornando e com isto, fica também cada vez mais difundida. Isto permite que todas as empresas tenham praticamente o mesmo “arsenal” tecnológico, o que as tornas todas muito parecidas, se não iguais, tecnologicamente falando. Portanto, se todas as empresas estão iguais tecnologicamente falando, onde está o diferencial competitivo delas? O que fará que uma empresa se destaque em relação à sua concorrente? A resposta é simples: as pessoas.
Quanto mais o mundo avançar tecnologicamente, mais a tecnologia virará commodity e mais o diferencial competitivo estará nas pessoas. Portanto, o que faz a empresa se destacar ou não são as pessoas que trabalham nela, seus colaboradores, o time como um todo ou, em alguns casos, talentos específicos.
É por isso que não há com o que se preocupar, desde que você acompanhe essa evolução do mercado de trabalho e continue sempre se atualizado.
O que fará você se destacar no mercado, além do seu conhecimento técnico e específico para desempenhar a sua função, são as suas competências adicionais e habilidades, mas não só isso. Cada vez mais sua habilidade de trabalhar em equipe, de liderar, de lidar com dificuldades, com diferentes perfis de profissionais e de empresas e seus valores pessoais, vem sendo cada vez mais importante para que você se destaque.
Portanto, hoje em dia investir na carreira, é mais do que adquirir conhecimento técnico, mas melhorar como pessoa, pois, num mundo onde as pessoas estão cada vez mais importantes, o relacionamento com o próximo também tem sido cada vez mais valorizado. Faça isso e seja um profissional empregável, mantenha-se sempre compatível com o que o mercado deseja e mantenha acesa a chance de conseguir uma recolocação profissional.
Lembre-se sempre de que há uma multidão buscando por empregos, mas o mercado está em busca de profissionais de primeira linha, que façam a diferença.
Fonte: curriculum .com

ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR CUSTOS LOGÍSTICOS


A cultura administrativa americana tem uma frase muito interessante: What you measure is what you get. Em uma tradução livre para o português seria algo como: você só controla o que você mede. Uma contundente realidade que podemos aplicar no Custo Logístico.
Na maioria das empresas, depois do custo das mercadorias vendidas (CMV) o Custo Logístico é a segunda maior conta. Entretanto, essa mesma maioria de empresas acaba por alocar uma parcela desse Custo Logístico ao próprio custo de fabricação dos produtos e outra parte fica dispersa em contas como armazenagem e distribuição que não são diretamente atribuídas aos produtos.

As críticas a essa situação são que a empresa fica sem conhecer, primeiro o Custo Logístico, portanto não enxerga as oportunidades envolvidas nas suas atividades logísticas. Em segundo, desconhece o custo total do produto até a sua entrega ao cliente, ou o conhece superficialmente por meio de critérios imprecisos de rateio. 
Conhecer o custo total do produto e o custo em detalhes das atividades logísticas é imperativo para a tomada de decisão em situações rotineiras de uma empresa, como será mostrado adiante.

O Sistema de Custeio Logístico propõe a seguinte metodologia:


A determinação do Custo Logístico inicia-se com o mapeamento de todos os processos logísticos. Esse mapeamento deve ser feito no formato de fluxos identificando-se um responsável para cada um deles.
Conceitualmente estabelecem-se as atividades que compõem o Custo Logístico.

- Armazenagem: Esforço financeiro aplicado no recebimento, armazenagem e expedição de materiais e produtos. 

- Transportes: Custo de transporte para a venda dos produtos e transferências entre unidades de armazenagem e operadores logísticos. 

- Movimentação: Custo de movimentação interna das unidades (pessoal, caminhão, empilhadeira, TI, etc.).

- Estoques: Custo financeiro (custo de oportunidade) sobre o estoque
de MP, ME e PA. 


A próxima fase é determinar, em detalhes, os objetos de custo de cada uma das atividades utilizando-se o conceito de Custeio ABC (ABC Costing).



Com os fluxos dos processos logísticos e os objetos de custo das atividades de logística identificadas é então possível modelar a composição do Custo Logístico da empresa, utilizando-se como base na sua mensuração o plano de contas da empresa. Estas etapas devem ser desenvolvidas e validadas com os respectivos representantes dos processos.

O suporte da área de TI é fundamental para disponibilizar a informação do Custo Logístico em formato e freqüência estabelecida pelos gestores, o que já disponibiliza uma importante ferramenta para tomada de decisão em várias das situações rotineiras elencadas acima.

O Custo Logístico dá suporte às seguintes tomadas de decisão:

• Controlar e reduzir o custo ao longo do tempo;
• Analisar investimentos em infra-estrutura e equipamentos;
• Analisar investimentos em sistemas e recursos informatizados;
• Comparação com o segmento industrial de atuação e outros.

A etapa seguinte consistirá em definir, também a partir dos fluxos dos processos logísticos e das atividades de logísticas identificadas, como alocar esses custos aos produtos e clientes, criando assim uma matriz que permite aos gestores uma visão bastante ampla e realista na tomada de decisões, como mostrado adiante:

• Identificar a rentabilidade dos produtos;
• Conhecer a rentabilidade de canais e clientes;
• Manter ou descontinuar produtos;
• Aceitar determinadas condições de servir;
• Aceitar pedidos especiais;
• Fazer internamente ou terceirizar;
• Executar análises de sensibilidade.

Como dizem os americanos: What you measure is what you get! Ou seja, você só vai tomar decisões acertadas em logística se medir o seu Custo Logístico.
Fonte: Partner Consulting

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Nova logística amplia intervenção estatal 
 
A reestruturação da logística que a presidente Dilma Rousseff está colocando em prática resgata o comando estatal no setor de infraestrutura e amplia o poder de intervenção do Estado no planejamento, controle e gestão dos empreendimentos. Esse processo teve início no governo Lula e está sendo aprofundado por Dilma com decisões que rompem paradigmas e regem o jogo do "pegar ou largar" nas negociações com concessionários de serviços públicos, segundo fontes ouvidas pela Agência Estado.

O governo trabalha com esse enfoque, e a estratégia é controlar os novos investimentos no País, mesmo nos casos de parcerias. Não se trata apenas de manter a coerência ideológica do PT, que defende o intervencionismo estatal, mas da constatação de que a ineficiência no serviço público precisa ser combatida com a força do Estado. Durante as reuniões com os diversos setores de infraestrutura, a presidente percebeu que falta aos ministérios noções mínimas de gestão.

"E é isso que ela quer implantar", disse uma das fontes. Uma orientação é que não haja problemas na liberação dos recursos para evitar postergação dos projetos. Esse resgate do intervencionismo se insere na nova fase para a reativar a atividade econômica. Com a infraestrutura garantida por investimentos, Dilma terá dado um passo a mais paara o crescimento da economia com ganho de produtividade. Mais: vai estimular a competitividade no mercado doméstico e internacional. No governo Lula, a estabilidade foi assegurada ao controlar a inflação. Agora, restaria criar as condições para o crescimento continuado da economia brasileira. E um dos pilares é a renovação do marco regulatório de portos, aeroportos, energia, rodovias, ferrovias e telefonia.

No anúncio das regras para concessão de rodovias e ferrovias, a presidente disse que o que se está fazendo não é a privatização de bens públicos. Ela disse que a nova regra vai garantir o direito de passagem de todos os que precisarem transportar cargas. O comando do processo fica com o governo, que vai fortalecer as estruturas de planejamento e de regulação.

No caso das concessões dos aeroportos, a primeira etapa dos leilões manteve a Infraero com 49% do capital, mas resultou em desconforto para Dilma. Ela considerou que as empresas que arremataram os aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos são de pequeno porte e podem pôr em risco a operação dessas unidades em eventos como a Copa e a Olimpíada. Ela agora tenta modificar a regra para o leilão dos aeroportos do Galeão, no Rio, e Confins, em Belo Horizonte.

No caso de portos, a situação é complexa. A presidente está envolta em um emaranhado de regras e de um corporativismo que sobrevive há décadas. Se for criada, a Autoridade Portuária enfrentará esse contencioso.

No caso das concessões de energia, o modelo anunciado é alvo de críticas dos atuais concessionários. Dilma resolveu antecipar a renovação de contratos que venceriam de 2015 a 2017 e abriu uma discussão onde o lado mais forte é o governo. Quem não concordar com as novas regras e com a antecipação, espera o prazo de vencimento e devolve a concessão ao governo.
 Fonte : ABEPL

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

RFID e seus impactos na logística

Com o advento da globalização, a competitividade no mundo dos negócios e da tecnologia tornou-se cada vez mais intensa. Outro aspecto das mudanças ocorridas na última década refere-se ao aumento da quantidade dos veículos de comunicação, como por exemplo, o surgimento da TV a cabo, a “invasão” dos PC’s nas residências e, principalmente, a Internet. Este último revolucionou os hábitos de milhares de pessoas que passaram a utilizá-lo, ora como fonte de pesquisa, ora como comodidade para efetuar compras, entretenimento, etc. A partir desta reflexão, entendemos que o bem mais valioso na atualidade chama-se “informação”. Quem a detém, tem maiores chances de prosperar e acompanhar as tendências do mercado. Este trabalho dará ênfase à Identificação por radiofrequência (Radio Frequency Identification – RFID) ou comumente chamada de etiquetas inteligentes e que está causando grandes evoluções tecnológicas no setor de logística.
2. O FUNCIONAMENTO DA TECNOLOGIA RFID
2.1. RFID – Identificação por Radiofreqüência
RFID é a abreviação de Radio Frequency Identification – Identificação por Radiofreqüência. Diferentemente do feixe de luz utilizado no sistema de código de barras para captura de dados, essa tecnologia utiliza a freqüência de radio. Na década de 1980, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), juntamente com outros centros de pesquisa, iniciou o estudo de uma arquitetura que utilizasse os recursos das tecnologias baseadas em radiofreqüência para servir como modelo de referência ao desenvolvimento de novas aplicações de rastreamento e localização de produtos. Desse estudo, nasceu o Código Eletrônico de Produtos – EPC (Electronic Product Code). O EPC definiu uma arquitetura de identificação de produtos que utilizava os recursos proporcionados pelos sinais de radiofreqüência, chamada posteriormente de RFID (Radio Frequency Identification).
2.1.1. EPC
O Código Eletrônico de Produto define uma nova arquitetura que utiliza recursos oferecidos pela tecnologia de radiofreqüência, e serve de referência para o desenvolvimento de novas aplicações. Tem como premissa fazer uso completo das mais recentes infra-estruturas como é a Internet, significando uma mudança de conceito na identificação, e principalmente no intercâmbio de informações. O EPC agiliza os processos e permite dar maior visibilidade aos produtos por meio da disponibilização de informações superior ao que se alcança hoje com as tecnologias disponíveis e utilizadas. É o rastreamento total, não somente de um processo ou de uma empresa, mas de cada produto individual aberto a toda a cadeia de suprimentos.
A EPC global é uma organização sem fins lucrativos que foi criada para administrar e fomentar o desenvolvimento da tecnologia RFID que teve início com a iniciativa do AutoId Center. Entre as inúmeras aplicações desta tecnologia, a proposta EPC global é a padronização da tecnologia para aplicações em gerenciamento da cadeia de suprimentos. Neste sentido ela não padroniza o produto em si, mas a interface entre os diversos componentes que viabilizam a Internet dos Objetos. Assim existem padrões para protocolo de comunicações entre a etiqueta e a leitora, entre a leitora e os computadores, entre computadores na internet.
2.2. Utilização do RFID
A necessidade de captura das informações de produtos que estivessem em movimento incentivou a utilização da radiofrequência em processos produtivos. Juntou-se a isso a necessidade de utilização em ambientes insalubres e em processos que impediam o uso de código de barras. Essa tecnologia facilita o controle do fluxo de produtos por toda a cadeia de suprimentos de uma empresa, permitindo o seu rastreamento desde a sua fabricação até o ponto final da distribuição. Tal tecnologia utiliza as Etiquetas Inteligentes – etiquetas eletrônicas com um microchip instalado – que são colocadas nos produtos. Esse produto pode ser rastreado por ondas de radiofreqüência utilizando uma resistência de metal ou carbono como antena.
2.3. Processo de Comunicação
As Etiquetas Inteligentes são capazes de armazenar dados enviados por transmissores. Elas respondem a sinais de rádio de um transmissor e enviam de volta informações quanto a sua localização e identificação. O microchip envia sinais para as antenas, que capturam os dados e os retransmitem para leitoras especiais, passando em seguida por uma filtragem de informações, comunicando-se com os diferentes sistemas da empresa, tais como Sistema de Gestão, Sistema de Relacionamentos com Clientes, Sistemas de Suprimentos, Sistema de Identificação Eletrônica de Animais, entre outros.
Esses sistemas conseguem localizar em tempo real os estoques e mercadorias, as informações de preço, o prazo de validade, o lote, enfim, uma gama de informações que diminuem o processamento dos dados sobre os produtos quando encontrados na linha de produção.
2.4. Componentes da RFID
Os componentes da tecnologia RFID são três: Antena, Transceiver (com decodificador) e Transponder (chamado de RF Tagou apenas Tag), composto de antena e microchip.
2.4.1. Antena
A antena ativa o Tag, através de um sinal de rádio, para enviar/trocar informações (no processo de leitura ou escrita). As antenas são fabricadas em diversos tamanhos e formatos, possuindo configurações e características distintas, cada uma para um tipo de aplicação. Quando a antena, o transceiver e o decodificador estão no mesmo invólucro recebem o nome de “leitor”.
2.4.2. Transceiver e Leitor
O leitor emite freqüências de rádio que são dispersas em diversos sentidos no espaço, desde alguns centímetros até alguns metros, dependendo da saída e da freqüência de rádio utilizada. O leitor opera pela emissão de um campo eletromagnético (radiofreqüência), a fonte que alimenta o Transponder, que, por sua vez, responde ao leitor com o conteúdo de sua memória. Por apresentar essa característica, o equipamento pode ler através de diversos materiais como papel, cimento, plástico, madeira, vidro, etc. Quando o Tag passa pela área de cobertura da antena, o campo magnético é detectado pelo leitor, que decodifica os dados codificados no Tag, passando-os para um computador realizar o processamento.
2.4.3. Transponder
Os Transponders (ou RF Tags) estão disponíveis em diversos formatos, tais como cartões, pastilhas, argolas e em materiais como plástico, vidro, epóxi, etc. Os Tags têm 2 categorias: Ativos e Passivos. Os primeiros são alimentados por uma bateria interna e permitem processos de escrita e leitura. Os Tags Passivos são do tipo só leitura (read only), usados para curtas distâncias. Nestes, as capacidades de armazenamento variam entre 64 bits e 8 kbits.
2.4.4. Faixas de Freqüência
Os sistemas de RFID são definidos pela faixa de freqüência que operam. Os Sistemas de Baixa Freqüência vão de 30 kHz a 500 kHz e servem para curta distância de leitura Tendo um baixo custo operacional, esses sistemas são utilizados em controles de acesso, identificação e rastreabilidade de produtos, entre outras coisas.
Os Sistemas de Alta Freqüência vão de 850 MHz a 950 MHz e de 2,4 GHz a 2,5 GHz e servem para leitura em média e longa distâncias e leituras a alta velocidade. São utilizados em veículos e para coleta automática de dados.
3. RFID versus Código de Barras
A necessidade de identificação automática de produtos é antiga, justificada pela demora em se digitar o número de um produto, e pela possibilidade de erros nessa digitação. Podemos facilmente imaginar o trabalho e os erros que seriam gerados se todos os produtos de um mercado, por exemplo, tivessem que ser manualmente digitados no momento do seu pagamento. Foi nesse contexto que surgiu o código de barras, que nada mais é do que a representação gráfica de um número, através de barras paralelas contrastantes. A utilização dos códigos de barras rapidamente migrou para os mais variados processos de identificação, sejam eles relacionados a produtos individuais, caixas, palletts, cartões de acesso, dentre outros.
A tecnologia de RFID não tem a pretensão de substituir o código de barras em todas as suas aplicações. A RFID deve ser vista como um método adicional de identificação, utilizado em aplicações onde o código de barras e outras tecnologias de identificação não atendam a todas as necessidades, a ainda pode ser usada sozinha ou em conjunto com algum outro método de identificação. Cada tipo de identificação tem suas vantagens, e o que precisamos é saber aproveitar os melhores benefícios de cada tecnologia para montar uma solução ideal. Os benefícios primários de RFID são: a eliminação de erros de escrita e leitura de dados, coleção de dados de forma mais rápida e automática, redução de processamento de dados e maior segurança. Quanto às vantagens da RFID em relação às outras tecnologias de identificação e coleção de dados, temos: operação segura em ambiente severo (lugares úmidos, molhados, sujos, corrosivos, altas temperaturas, baixas temperaturas, vibração, choques), operação sem contato e sem necessidade de campo visual e grande variedade de formatos e tamanhos.
Segue abaixo um comparativo entre RFID e Código de Barras:
CaracterísticasRFIDCódigo de Barras
Resistência MecânicaAltaBaixa
FormatosVariadosEtiquetas
Exige Contato VisualNãoSim
Vida ÚtilAltaBaixa
Possibilidade de EscritaSimNão
Leitura SimultâneaSimNão
Dados ArmazenadosAltaBaixa
Funções AdicionaisSimNão
SegurançaAltaBaixa
Custo InicialAltoBaixo
Custo de ManutençãoBaixoAlto
ReutilizaçãoSimNão
Fonte: Acura Technologies Ltd, 2007.
Outras comparações funcionais são:
Comparativo de Funcionalidade
Código de BarrasRFID
1. Permite só leitura (Read only)1. Pode ser lido e escrito incontável números de vezes.
2.. Precisa estar visível. Preferência em frente2. Não precisa estar a vista ( de frente) para ser lido
3. Somente uma leitura por vez3. Sistema anti-colisão permite múltiplas leituras simultâneas
4. Procurar base de dados4. Identificação única de item
5. Necessidade de múltiplas impressões de etiquetas para suprir a cadeia de abastecimento5. Cada tag tem uma vida útil de 10 anos
6. Exige ambiente apropriado6. Oferece resistência química, de temperatura e mecânica.
Fonte: IDTEC, 2007.
4. Panorama geral do uso do RFID
4.1. Vantagens do uso
Como vantagens da Tecnologia RFID podemos destacar, entre outras:
  • a capacidade de armazenamento, leitura e envio dos dados para etiquetas ativas;
  • a detecção sem necessidade da proximidade da leitora para o reconhecimento dos dados;
  • a durabilidade das etiquetas com possibilidade de reutilização ;
  • a redução de estoque;
  • a contagem instantânea de estoque, facilitando os sistemas empresariais de inventário;
  • a precisão nas informações de armazenamento e velocidade na expedição;
  • a localização dos itens ainda em processos de busca;
  • a melhoria no reabastecimento com eliminação de itens faltantes e aqueles com validade vencida;
  • a prevenção de roubos e falsificação de mercadorias;
  • a otimização do processo de gestão portuária, permitindo às companhias operarem muito próximo da capacidade nominal dos portos.

4.2. Desvantagens do uso
Como desvantagens, podemos apresentar os seguintes itens:
  • O custo elevado da tecnologia RFID em relação aos sistemas de código de barras é um dos principais obstáculos para o aumento de sua aplicação comercial.
  • Atualmente, uma etiqueta inteligente custa nos EUA cerca de 25 centavos de dólar cada, na compra de um milhão de chips. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Automação, esse custo sobe para 80 centavos até 1 dólar a unidade.
  • O preço final dos produtos, pois a tecnologia não se limita ao microchip anexado ao produto apenas. Por trás da estrutura estão antenas, leitoras, ferramentas de filtragem das informações e sistemas de comunicação.
  • O uso em materiais metálicos e condutivos relativos ao alcance de transmissão das antenas. Como a operação é baseada em campos magnéticos, o metal pode interferir negativamente no desempenho. Entretanto, encapsulamentos especiais podem contornar esse problema fazendo com que automóveis, vagões de trens e contêineres possam ser identificados, resguardadas as limitações com relação às distâncias de leitura. Nesse caso, o alcance das antenas depende da tecnologia e freqüência usadas, podendo variar de poucos centímetros a alguns metros (cerca de 30 metros), dependendo da existência ou não de barreiras.
  • A padronização das freqüências utilizadas para que os produtos possam ser lidos por toda a indústria, de maneira uniforme.
  • A invasão da privacidade dos consumidores por causa da monitoração das etiquetas coladas nos produtos. Para esses casos existem técnicas de custo alto que quando o consumidor sai fisicamente de uma loja, a funcionalidade do RFID é automaticamente bloqueada.

4.3. Desafios atuais
Embora nos últimos anos tenha havido avanços consideráveis na tecnologia utilizada para o RFID, diversos desafios ainda se mostram reais para uma ampla expansão desta tecnologia. Estes desafios se concentram muito na aplicação que é feita do dispositivo, sendo que para determinados usos a tecnologia está razoavelmente consolidada, enquanto que para outros ainda deve ser desenvolvida. Os que se sobressaem são:
Preço: embora atualmente os preços destes dispositivos estejam competitivos a ponto de substituir inclusive códigos de barra em produtos, para produtos de baixo valor (e baixo lucro) esta substituição não se mostra vantajosa (por isso a tendência é esta substituição primeiro em produtos de alta margem de lucro). Este é apenas um exemplo dentre as aplicações imaginadas (e ainda não imaginadas) de onde o preço da tecnologia ainda deve cair.
Poder de processamento e fornecimento de energia: para dispositivos com RFID ativo, o tempo de vida da bateria ainda é um problema. De fato, este é um problema generalizado entre os dispositivos móveis, sejam computacionais ou não. A curta duração da carga das baterias atuais limita o desenvolvimento de novos dispositivos e aplicações, pois estes requerem mais poder de processamento, que por sua vez requer maior fornecimento de energia. Para dispositivos com RFID passivo, embora eles sejam energizados no momento da utilização pelo leitor, a carga obtida por esta energização é proporcional à distância que este se encontra do leitor, de modo que quanto mais distante menor a carga obtida. Isto também limita o desenvolvimento de novas aplicações, obrigando-as a ficarem mais próximas do leitor para receberem a carga apropriada para o processamento, o que pode fugir completamente do propósito da aplicação.
Distância de leitura: independentemente do problema de poder de processamento, algumas aplicações podem requerer que a identificação de dispositivos com RFID seja feita a muitos metros de distância, o que ainda não é suportado.
Miniaturização: embora pequenos o suficiente para serem colocados em etiquetas, algumas aplicações podem necessitar de dispositivos RFID imperceptíveis à visão e ao tato, para permitir sua total integração à rotina das pessoas. Outras podem requerer um alto número de dispositivos no mesmo local, de modo que o tamanho atual dos dispositivos inviabiliza esta acumulação.
Fonte : Logística Descomplicada