Entre as décadas de 1980 e 2000
ocorreram grandes transformações nos conceitos gerenciais, com destaque a
função de operação. Com a chegada da qualidade total nas empresas e
seus programas de engenharia, veio também um avanço no que diz respeito a
qualidade e a produtividade das empresas.
Entre as décadas de 1980 e 2000 ocorreram grandes transformações nos
conceitos gerenciais, com destaque a função de operação. Com a chegada
da qualidade total nas empresas e seus programas de engenharia, veio
também um avanço no que diz respeito a qualidade e a produtividade das
empresas.Assim, apareceram dois conceitos em relação a produção que vem
sendo utilizado pelas empresas com bastante intensidade.
O primeiro deles trata-se da logística integrada que despontou por volta
de 1980 e ganhou velocidade e crescimento ao longo dos anos sendo
puxada pela revolução tecnológica e pelo aumento do nível de exigências
de desempenho em termos de distribuição e qualidade.
O segundo conceito é o Supply Chain Management – SCM, ou Gerenciamento
da Cadeia de Suprimentos – GCS, que começou a se desenvolver por volta
de 1990, no entanto, ainda hoje são poucas as empresas que conseguiram
evoluir e implementar de forma completa e com sucesso. Em termos
acadêmicos é um tema ainda em desenvolvimento, apesar de encontrar
muitos artigos sobre o tema.
Conforme Pires (1998), essa nova abordagem tem trazido enormes
benefícios para as empresas de diversos setores, principalmente para a
automobilística. A indústria automobilística tem servido como setor de
impulsão nas questões relacionadas à administração da produção e à
gestão da cadeia de suprimentos, com destaque para a produção enxuta.
Para entender melhor o SCM, é preciso entender o que é um canal de
distribuição e quais suas funções. Primeiramente o canal de distribuição
ganhou bastante ênfase tendo sua utilização dentro do marketing, sendo
uma ferramenta de eficiência, podendo ser estratégica, na
comercialização e distribuição de produtos e serviços. Com o passar dos
anos esse canal de distribuição foi se tornando mais complexo ao mesmo
tempo em que seu controle diminuía. Diante do surgimento de
complexidades e do ambiente cada vez mais competitivo e exigente, o SCM
surgiu para atuar de forma sistêmica e abrangente em toda a cadeia
empresarial.
Lambert e Cooper (2000), definem a SCM ou GCS como sendo a integração de
processos de um negocio, tendo como ponto de partida o consumidor final
até os fornecedores iniciais da cadeia desses produtos, informações e
serviços, sendo que acrescentem valor para o comprador.
Dentro desse ambiente de mudanças e de competição, segundo Christopher
(1997), tem ocorrido uma transformação dentro desse ambiente
competitivo, de maneira que a competição passou a acontecer não mais
entre empresas de forma isolada e sim entre cadeias inteiras. Isso levou
a integração de setores dentro e fora das empresas.
Nesse sentido, em conseqüência da integração de vários setores, dentro e
fora das empresas, para Pires (2004); Cooper, Lambert e Pagh (1997),
entende-se que as empresas devem estar dispostas a cooperar, para que
haja um fluxo de produtos e de informações de forma eficiente.
Na linha de cooperação, verifica-se um crescimento de parcerias
estratégicas, muitas vezes em forma de alianças, entre empresas dos mais
diferentes ramos de atividade. Para Pires (1998), as empresas precisam
esquecer a antiga forma de fazer negócios, onde havia uma simples
ligação de compra e venda sem nenhuma colaboração entre as empresas e
praticar um relacionamento mais cooperativo e estável com seus
fornecedores.
Segundo Cooper, Lambert e Pagh (1997), essa é a diferença entre SCM e a
logística integrada. Em outras palavras, a diferença está no
relacionamento entre empresas e fornecedores e nas alianças e parcerias
formadas entre empresas.
Por Márcio Elídio Campi
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