O governo federal criou ontem (25) um grupo de trabalho (GT)
interministerial que vai elaborar propostas para reduzir o
congestionamento de veículos de carga nos acessos a portos e terminais
brasileiros. Nos estudos, o grupo levará em conta dificuldades e
gargalos existentes no país para a exportação de produtos e,
principalmente, para o escoamento de safras.
Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, são necessárias
soluções rápidas para os “gargalos pontuais” e novas formas de organizar
o escoamento da produção e os serviços portuários. “A ideia é unificar e
agilizar os serviços das diversas entidades responsáveis pela
fiscalização [ao longo de toda a cadeia logística]. Assim, poderemos
perceber ações pontuais para dar mais velocidade ao fluxo [dos
produtos]”, disse Geller à Agência Brasil.
Segundo ele, o perfil da demanda por serviços de logística no país
tem mudado significativamente. Daí a necessidade de atualizar
informações. “Produtos de Mato Grosso e outros estados da Região
Centro-Oeste tendem a migrar [o escoamento] para os portos do Norte. É
um cenário que volta e meia precisa de reavaliação. É isso que queremos
fazer com esse GT”, acrescentou o secretário. Segundo ele, o grupo ainda
não tem prazo definido para conclusão do estudo.
A criação do GT foi publicada no Diário Oficial da União de ontem, em
portaria dos ministérios da Agricultura e dos Transportes e da
Secretaria Especial de Portos da Presidência da República. O grupo terá
representantes das três pastas e também da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), Empresa de Planejamento e Logística (EPL),
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq) e Confederação Nacional do Transporte
(CNT).
Entre as ações previstas está a de identificar e levantar estudos
sobre as melhores práticas de escoamento de safras tanto no Brasil como
em outros países, bem como monitorar a movimentação de grãos desde as
regiões produtoras até os portos e terminais. Ao final, será proposto um
plano de ação para orientar os órgãos públicos e a iniciativa privada
sobre a prioridade dos investimentos.
Fonte: Agência Brasil
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