Logística enxuta ajuda a gerenciar custos industriais
No passado, a logística era conhecida
como o transporte e a armazenagem de produtos e estava associada às operações
militares em que os comandantes precisavam ter sob suas ordens uma equipe que
assegurasse a disponibilidade, na hora certa de equipamentos, alimentos,
munição e socorro médico nos campos de batalha. Na antiga Grécia os militares
com o título de Logistikas eram os responsáveis por garantir os recursos e
suprimentos para a guerra.
Mais recentemente, segundo definição
do Council of Logistics Management, 1991, logística refere-se ao processo de
planejamento, implantação e controle eficaz do fluxo e da armazenagem de
mercadorias, serviços e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o
ponto de consumo, com o objetivo de atender as necessidades dos clientes.
Ampliando o conceito e seus próprios objetivos, a logística é responsável por
assegurar a disponibilidade do produto certo, na quantidade certa, em condições
adequadas, no local certo, no momento certo, com o preço certo e para o cliente
certo.
É necessário que o processo logístico
comece pelo estudo, análise e compreensão do projeto ou do processo que precisa
ser implantado e dos objetivos a serem atingidos, seguidos pelo planejamento e
detalhamento das atividades tradicionais da logística, como: Planejamento de
demanda, inventário, suprimentos e de produção; Manuseio de pedidos, ordens de
produção e documentos de identificação; Processos de Importação, exportação e
de armazenagem; Planejamento da Distribuição, etc.
As atividades logísticas podem ser
classificadas em:
Atividades
principais: Transporte, Gerenciamento de estoques, Processamento de pedidos e
Definição dos níveis de serviço baseados nas reações dos clientes.
Atividades
secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais e embalagem de proteção, Obtenção
do necessário, Programação de produção, Manutenção de sistemas de informação,
etc., dando suporte às atividades principais.
Estima-se que, em uma empresa
industrial, os custos de produção giram em torno de 53% do total dos custos,
enquanto os custos logísticos estão na ordem de 20%, ocupando o segundo lugar
no ranking de todos os custos.
Portanto, gerir esses custos é
crucial para a operação, isto é, os custos da existência do estoque, da
armazenagem, do processamento das encomendas, os custos de transporte, etc.
precisam ser continuamente reavaliados visando à competitividade e
sobrevivência da empresa.
A logística integrada é constituída
por três grupos de atividades, representando segmentos do processo:
Logística de
suprimentos: refere-se às atividades de adquirir e receber os materiais necessários
às operações.
Logística interna: refere-se às
atividades de armazenar, manusear e transformar os materiais envolvidos na
operação, exceto o ato de produzir.
Logística de
distribuição: refere-se às atividades que se iniciam na expedição até a entrega do
produto ao cliente final.
Quando esses três grupos de
atividades estão operando de forma cooperativa, sincronizada, somando
resultados e combatendo todo e qualquer desperdício de acordo com o princípio
enxuto (lean), considerase que a logística está integrada. O termo
enxuto como tradução de lean surgiu para adjetivar o sistema
de produção desenvolvido pela Toyota nos anos 70. É enxuto porque requer menos
esforços e custos para produzir mais, com menor custo e melhor qualidade, o que
é possível através do combate a todo e qualquer desperdício. Tudo que não
agrega valor é desperdício.
Com a aplicação dos conceitos lean aos
serviços logísticos, criou-se a Logística Enxuta.
Na mesma linha de pensamento, se
todos os departamentos da empresa conhecem as atividades logísticas envolvidas
e necessárias para o sucesso da operação e estiverem trabalhando de forma
cooperativa na aplicação dos conceitos lean, podemos conceituar que
está ocorrendo a integração da empresa na logística.
A busca da
competência logística requer mudança na atitude das pessoas envolvidas. Porém,
com o desenvolvimento tecnológico atual, não é mais possível imaginar a
realização desse trabalho sem o apoio de um sistema de gestão empresarial
seguro, eficaz e completo como o Omega desenvolvido pela ABC71, possibilitando
tomadas de decisões de forma eficaz.
Benefícios da integração na
logística, segundo Walters:
·
Cooperação genuína entre todas as partes da cadeia logística,
compartilhando informações e recursos, combatendo todo e qualquer desperdício;
·
Custos diminuídos, devido a previsões mais exatas, estoques menores,
menos expedição, economia de escala e eliminação das atividades que não criam
valor;
·
Melhoria no desempenho, maior produtividade e prioridades racionais;
·
Melhoria no fluxo de produtos, com movimentos mais rápidos e confiáveis;
·
Maior flexibilidade e rapidez de reação às condições de mudança;
·
Procedimentos padronizados, tornando-se rotina e bem praticados, com
menor duplicidade de esforço e planejamento;
·
Qualidade de confiança e menos inspeções, com programas de Gestão de
Qualidade integrados.
Cabe ao gestor conhecer e extrair o
pleno potencial do ERP utilizado, visando perpetuar de forma lucrativa a
instituição no mercado. Podemos afirmar que o uso adequado das funcionalidades
da solução de gestão, ferramentas valiosas para gerenciar o que, quando e
quanto comprar ou produzir considerando a capacidade atual e planejando a
capacidade futura, ainda é a melhor estratégia para atingir o objetivo citado
acima.
Além disso, é imprescindível o
suporte administrativo e financeiro fornecido pelo sistema de gestão como forma
de controlar e conferir os resultados em processo.
Fonte:nei.com.br
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