Pré-sal dá impulso a barcos de apoio
Por Sérgio Barreto Motta
O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Apoio
Marítimo (Abeam), Ronaldo Lima, disse confiar no crescimento expressivo
da frota e, principalmente, no aumento da participação das embarcações
de empresas nacionais. Explicou que, no momento, há 450 barcos de apoio
operando na costa, dos quais 40% são de empresas nacionais. Lima
acredita que o setor irá vencer o desafio criado com a exploração no
pré-sal, que é o de, até 2020, elevar o número de barcos para 700, e que
preferencialmente, 60% seriam de brasileiros.
– Isso exigirá não só muito investimento, mas também muito trabalho, mas
somos otimistas – afirmou Lima, salientando que, para isso, é essencial
que a principal usuária desses serviços, a Petrobras, mantenha e amplie
o ritmo de contratações.
Durante algum tempo, em 2012, houve redução nas contratações, o que, 18
meses depois, foi normalizado. Este ano, a Petrobras já realizou duas
licitações, sendo que na mais recente as propostas terão que ser
apresentadas até 7 de janeiro próximo. Esclareceu Lima que, apesar da
designação “barcos de apoio”, essas unidades estão cada vez mais
sofisticadas e de preço mais elevado. Em geral, um PSV – barco de apoio a
plataformas – custa em torno de .US$ 70 milhões e um AHTS – de reboque
de plataforma e manuseio e lançamento de âncora – tem valor aproximado
de US$ 120 milhões a US$ 150 milhões.
A Abeam conta com 40 associados, 90% das empresas que efetivamente atuam
no segmento. Para atender à demanda de serviços, a Abeam conta com
setores de assessoria e contatos com autoridades, informou a
vice-presidente executiva da entidade, Lilian Schaefer. No momento,
graças a entendimentos com a Receita Federal do Brasil (RFB), a
Instrução Normativa 1.361, de maio de 2013, foi recentemente alterada
pela IN 1.404/13, adequando-se à realidade do setor e diminuindo a
burocracia nos processos para admissão temporária de equipamentos. O
setor tem discutido com a RFB a possibilidade de enquadramento da
navegação marítima na chamada Linha Azul, o que representa facilidades
para as companhias, do mesmo modo que ampliará sua responsabilidade ante
o fisco.
Outra questão que exige atenção das empresas e da Abeam é a certificação
do conteúdo local. Os operadores de campos de petróleo se obrigam a
atingir determinados níveis de fabricação de peças e uso de serviços
nacionais – conteúdo local – devendo seus prestadores de serviços
informarem corretamente esse detalhamento para o efeito de certificação.
Muitas vezes, a apuração do conteúdo local se mostra complexa, até
mesmo para as sociedades classificadoras, credenciadas pela ANP. Neste
caso, embora os barcos de apoio estejam diretamente subordinados à sua
agência reguladora – a Antaq – a Abeam é levada a manter contatos com a
Agência Nacional do Petróleo (ANP), entidade que regula e fiscaliza o
conteúdo local, para esclarecer sobre as peculiaridades do setor.
Segundo Lima, como o Governo Federal dá prioridade ao desenvolvimento do
setor de óleo e gás, se espera, para breve, instrução normativa da RFB
com simplificação nos processos referente ao Repetro – regime de
incentivos fiscais ao segmento.
Pobre Venezuela
O presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, está perdendo o rumo. Com uma
tal de “lei habilitante”, irá governar por decretos. Mandou o povo
invadir uma rede de eletrodomésticos, acusada de vender caro. Vai criar
margens mínimas e máximas de lucros para todos os setores da economia.
Não se conhece um país que tenha seguido esse tipo de receita e
triunfado.
A propósito, o Brasil deve tomar cuidado, pois, em energia, está
claramente desestimulando o investimento privado, como ocorre na
Argentina. E as estatais, capitaneadas pela Eletrobras, não vão
conseguir aplicar o suficiente para atender à demanda futura de energia.
Contra demissões
Para o tradicional consultor Luiz Affonso Romano, a busca excessiva por
redução de custos leva gestores despreparados e toscos, mal aconselhados
por consultores que não entendem o país, a demitir empregados ante
qualquer obstáculo. Na opinião dele, tal prática diminui a fidelidade e o
entusiasmo dos empregados.
– Muitos gestores de empresas e instituições adotam medidas egocêntricas
que acabam dando margem à prática de individualismo exacerbado, à
competição desenfreada e predatória entre funcionários. Agindo assim,
fragilizam os fios da solidariedade humana, lealdade e confiança. Esse
tipo de tratamento forma um ambiente organizacional que não é propício
ao surgimento de talentos, à inovação, à formação de equipes e ao
comprometimento ético.
Segundo Romano, uma empresa que mantém suas equipes compensa esse custo com o espírito de equipe.
Centro de negócios
Do site Exportnews: “Empresários fluminenses estão decepcionados com a
apatia do Centro Internacional de Negócios (CIN–RJ) da Firjan. A
entidade está deixando de cumprir seu principal objetivo que é o de
gerar negócios no mercado externo para a economia do Rio de Janeiro. O
CIN–RJ há muito tempo realiza poucas missões comerciais, rodadas de
negócios internacionais, não divulga oportunidades para exportações,
além de não motivar e assessorar o ingresso de novas empresas na
economia global”. Com a palavra, a Federação das Indústrias do Rio.
IPTU
De São Paulo, se informa que um em cada seis prédios analisados pela
quadrilha do ISS tinha o valor de cobrança zerado. Não seria o caso de o
prefeito Fernando Haddad desistir dos reajustes de até 20% – para
imóveis residenciais – e de até 35% – para unidades comerciais e
industriais – e atacar a sonegação? A inflação está em 6% ao ano.
Até a marquise
A tradicional sede da rede de lojas Lidador, na Rua da Assembléia, vai
ser demolida, para dar lugar a um edifício. E, dentro de dois anos, a
loja voltará ao mesmo local, no térreo da Torre Lidador. O interessante é
que, por datar de 1924, a loja tem balcões, espelhos, estátuas e móveis
de valor histórico. Pois os donos – a família Cabral Guedes – estão
fazendo uma “venda de garagem” que nada poupa. Quem passa pelo local vê o
seguinte cartaz: “Vendemos até a marquise”.
Fonte:www.monitormercantil.com.br
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