Levantamento realizado pela Herzog Imóveis Industriais e Comerciais dimensiona o tamanho do crescimento: 1,9 milhões de m²
O aumento do poder de compra dos brasileiros impacta diretamente os
setores de consumo, como o e-commerce, que faturou R$ 22,4 bilhões só em
2012 e tem expectativa de crescer 25% neste ano, de acordo com
projeções da e-bit. Esse crescimento do consumo faz
aumentar a demanda por condomínios industriais e logísticos. De acordo
com um levantamento realizado pela Herzog Imóveis Industriais e Comerciais
– companhia que atua há 30 anos no mercado e já comercializou mais de
20 milhões de metros quadrados –, somente o Estado de São Paulo tem
previsão de receber 1,9 milhões de m² até o final de 2013, o que
representa um aumento de 40% no estoque atual de empreendimentos.
Atualmente, o Estado de São Paulo possui 4.850.000 m² de área
construída de condomínios industriais e logísticos. No ano passado, o
mercado recebeu 1.230.000 m² novos. “A maior parte desses
empreendimentos foi entregue no terceiro trimestre de 2012, o que
resultou em um aumento da taxa de vacância, explica Simone Santos,
diretora de serviços corporativos da Herzog. A taxa de
vacância no Estado fechou 2012 com 18,30%, o que representa um aumento
diante dos 10,30% verificados no primeiro semestre do ano passado.
O interior é o local que vai receber a maior parte do novo estoque
previsto para 2013, serão 1,2 milhões de novos m² (o estudo considera
cidades com distância de até 150 quilômetros da capital paulista). A
proximidade à cidade de São Paulo e a facilidade de acesso às principais
rodovias são os principais fatores na escolha de um empreendimento. “Os
ocupantes preferem locais mais próximos a São Paulo para facilitar o
processo de escoamento de mercadorias. Porém, quanto mais próximo da
capital, maior será o valor da locação e por isso o interior pode ser
uma alternativa”, explica Santos.
A Grande São Paulo, região consolidada há anos nesse segmento, figura
como o segundo destaque no levantamento, pois tem a previsão de receber
560 mil m². “Embora os preços praticados nessas cidades sejam superiores
ao de outras localidades, com diferenças pequenas, elas ainda oferecem
valores melhores, quando comparadas a São Paulo”. As empresas também
ganham em relação à agilidade, em razão da proximidade à capital
paulista, isso sem mencionar a restrição de circulação de caminhões, em
determinados horários, que tornam o processo mais complexo.
A capital é a região que menos receberá condomínios industriais e
logísticos. A previsão é de apenas 170 mil m², porém grande parte deles
ainda está aguardando aprovações da prefeitura, o que poderá atrasar as
entregas. “O elevado custo dos terrenos em São Paulo inviabilizam
projetos com esse perfil, pois são cada vez mais raros espaços que
comportem condomínios industriais e logísticos e, quando estes surgem,
estão localizados principalmente nas rodovias, nas fronteiras com
municípios vizinhos”, comenta Santos. Por conta da baixa expectativa de
receber novos empreendimentos, a taxa de vacância da região, que nos
últimos seis anos nunca esteve acima de 4%, deve se manter no mesmo
patamar ou, até mesmo, inferior ao verificado atualmente.
Fonte: MundoLogística
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