Apesar
de 2012 ter sido um ano de muita instabilidade para o setor de
transformação de plásticos, o segmento de embalagens plásticas flexíveis
registrou aumento no faturamento em 7,5% com relação ao ano anterior,
segundo estudo da Maxiquim solicitado pela Associação Brasileira da
Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief). Em 2011, o segmento
faturou R$ 11,2 bilhões. Já no ano seguinte, o faturamento registrado
foi de R$ 12 bilhões.
O volume de produção também cresceu em 2012. Em 2011, a produção foi de 1.779,19 mil toneladas de embalagens flexíveis contra 1.813 mil toneladas em 2012, ou seja, crescimento de 1,9%.
Apesar destes números positivos, o setor sofreu com a volatilidade dos custos, principalmente no que tange ao aumento dos preços das matérias-primas superior aos demais custos de produção e ao consequente aumento nas importações de produtos acabados.
O estudo da Maxiquim mostrou que as importações de embalagens flexíveis cresceram 11,5% em valores (de US$ 573 milhões, em 2011, para US$ 639 milhões, em 2012) e 12,8% em volume (de 120 mil toneladas, em 2011, para 136 mil toneladas em 2012), ou seja, o déficit da balança comercial do setor foi o maior dos últimos oito anos, atingindo US$ 453 milhões no ano de 2012.
Mostrou ainda que as exportações caíram no período. Em valores, a queda foi de 14,0% (de US$ 217 milhões, em 2011, para US$ 186 milhões, em 2012) e 14,7% em volume (de 62 mil toneladas, em 2011, para 53 mil toneladas em 2012).
"O ano de 2012 foi especialmente desafiador para o setor; os custos, com destaque para a escalada dos preços das matérias primas, dificultaram bastante a obtenção de margens satisfatórias pelas empresas”, afirma Sergio Carneiro Filho, presidente da Abief .
Segundo ele, ainda assim foi grande a movimentação da entidade, visando melhorar o cenário dos negócios. “Seja com o diálogo, no sentido de equalizarmos devidamente as movimentações de custos, tanto com fornecedores, quanto junto aos clientes; seja no sentido de pleitear a equalização de determinadas tributações impactantes na nossa cadeia produtiva; seja investindo e procurando maximizar a eficiência e produtividade das empresas, com consequente redução de custos“, disse.
Com isto, o ano de 2013 apresentou um início bem mais animador. “A redução dos custos da energia elétrica, a manutenção da disponibilidade de recursos para novos investimentos pelo BNDES, a momentânea nova estabilidade dos custos das matérias primas e a concretização de negociações ao longo da cadeia, tudo isso em conjunto mostra um ano mais otimista para a indústria de embalagens plásticas flexíveis”, concluiu Carneiro Filho.
Fonte: Portal Logweb
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